Juristas promoverão Tribunal Popular para julgar a Lava Jato

Juristas vão “julgar” a Operação dia 11 de agosto, em Curitiba, para mostrar seus exageros, seu uso político e seus impactos negativos na economia

Um grupo de juristas realizará em Curitiba (PR), noo dia 11 de agosto, um Tribunal Popular para mostrar à sociedade todos os aspectos da Operação Lava Jato.

Organizado pelo Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD), o Tribunal Popular visa “fugir dos lugares comuns e dos falsos truísmos que estão sendo difundidos pela mídia sobre a Lava Jato”, explica Eugênio Aragão, ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff.

“Eu vejo esse Tribunal Popular, sobretudo, como um exercício de educação política. Acho que a maioria das pessoas não está enxergando, realmente, essa Operação Lava Jato na sua verdadeira dimensão que é extremamente deletéria para o País”, afirmou.

Para ele, a força-tarefa da Lava Jato comete exageros e “uso político e corporativo de instrumentos processuais para alavancar determinados atores em detrimento dos reais interesses do País”.

“Eu vejo esse Tribunal Popular, sobretudo, como um exercício de educação política”, aponta Eugênio Aragão

Para o ex-ministro, a Lava Jato não dá valor ao seu impacto negativo na economia, na geração de emprego, na criação de tecnologia genuinamente nacional e na competição do Brasil no mercado global, focando apenas no combate, a qualquer custo, à corrupção.

“Aquilo que ela chama de combate à corrupção que é um tipo de atuação extremamente maniqueísta, moralista, superficial na sua concepção e que tem feito mais mal do bem ao País”, declarou Aragão.

Tribunal Popular sobre Lava Jato

O juiz de direito em Alagoas Marcelo Tadeu Lemos será o presidente da sessão do Tribunal Popular, enquanto Eugênio Aragão será o responsável pela acusação contra a operação. Já o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, ficará com a defesa da Lava Jato.

Nomes como Beatriz Vargas Ramos, Marcello Lavenère, Antônio Maues, Juliana Teixeira, Gerson Silva, José Carlos Portella Júnior, Michelle Cabrera, Claudia Maria Barbosa, Vera Karam Chueiri e Fernando Morais estão confirmados no corpo de jurados.

A ideia é que o julgamento seja instaurado pontualmente às 14h, após o cerimonial de abertura, que terá início às 13h, prosseguindo até às 22h30, quando se dará a leitura da sentença.

O Tribunal Popular da Lava Jato seguirá o modelo de outras iniciativas semelhantes, segundo Aragão, como o próprio Tribunal Popular de julgamento do Golpe de 2016, realizado em julho do ao passado, no Rio de Janeiro.

Além do tribunal em si, haverá ainda Oficinas sobre Lawfare pela manhã do dia 11, com abertura pelo criminalista Kakay, e o lançamento do livro “Comentários a uma sentença anunciada: o caso Lula”, com as presenças de Eugênio Aragão, Beatriz Vargas Ramos, Claudia Maria Barbosa e demais autores curitibanos.

Os organizadores até criaram uma página no Facebook para ajudar na divulgação e no debate. Acesse o evento neste link.

O advogado Eugênio Aragão, que será responsável pela acusação no Tribunal Popular da lava jato, fala sobre a operação que paralisou o Brasil e convida para o 11 de agosto em Curitiba.

Publicado por Tribunal Popular: julgamento da lava jato em Segunda, 24 de julho de 2017

 

Marcelo Tadeu Lemos de Oliveira, que desempenhará o papel de juiz presidente no Tribunal Popular, também convida para o Tribunal popular da Lava Jato:

O juiz de direito, Marcelo Tadeu Lemos de Oliveira, convida para o Tribunal popular da lava jato, que ocorre em Curitiba no próximo dia 11 de agosto. Marcelo Tadeu desempenhará o papel de juiz presidente no Tribunal Popular.

Publicado por Gleisi Hoffmann em Segunda, 7 de agosto de 2017

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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