Advogado mostra a TRF por que Moro não deveria ter julgado Lula

Juiz do Paraná ficou com a competência para julgar Lula por suposta ligação com contratos da Petrobras, que ele mesmo negou existir posteriormente

Paulo Pinto

O advogado Cristiano Zanin Martins: ele explica como funciona a lei, mas para Lula a lei não vale

Sérgio Moro e o TRF-4 nunca deveriam ter julgado o caso do triplex da OAS. Nem os agentes da Lava Jato deveriam ter competência para serem os procuradores desta acusação. É isso que está na lei, nos autos do processo e o que explica o advogado Cristiano Zanin, da Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva.

Acontece que o tal triplex fica no Guarujá, no litoral de São Paulo. A empresa que é dona do imóvel tem sede no estado da Bahia. Aquele a quem reputam a “propriedade oculta” do imóvel – Lula – mora em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Então, nada na lei justificaria que Sérgio Moro, juiz de primeira instância em Curitiba, seja o responsável pelo caso, nem que os procuradores da Lava Jato, do Ministério Público Federal no Paraná, sejam os acusadores do caso.

Mas acontece que os procuradores do time de Deltan Dallangnol colocaram na denúncia que o triplex tinha sido “pago” com dinheiro oriundo de contratos escusos da empreiteira com a Petrobras, e como Moro já estava julgando casos ligados à Petrobras, então ele deveria julgar o triplex também.

Ao longo do processo, a defesa de Lula provou que não existia ligação entre os tais contratos e o triplex. Moro então disse que, ao contrário do que dizia a própria denúncia, os contratos da Petrobras não estavam ligados ao triplex. Mesmo assim, não entregou o caso para a vara judicial competente. No vídeo abaixo, o advogado Cristiano Zanin explica a questão, para os desembargadores do TRF-4, no julgamento da última quarta-feira.

Da Redação da Agência de Notícias do PT

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