Aécio critica saneamento básico com base em dados da gestão FHC

Em debate da Rede Globo, tucano usou informações sobre saneamento básico do Censo 2000. Em 10 anos, Brasil reduziu em 50% número de domicílios sem banheiros

O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, utilizou, durante debate da Rede Globo nesta sexta-feira (24), informações desatualizadas para criticar as ações do governo federal em saneamento básico. Na tentativa de reverter a qualquer custo as pequisas de intenção de voto, o tucano disse erroneamente que sete milhões de domicílios no Brasil não teriam banheiros.

A afirmação, no entanto, foi baseada em dados do Censo de 2000, feito durante gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Informações mais atualizadas, desmentem o candidato. De acordo com o Censo 2010, o Brasil reduziu em cerca de 50% o número de residências sem banheiros. O levantamento aponta que haviam 3,8 milhões de domicílios sem banheiros no Brasil há quatro anos.

Além disso, entre 2002 e 2012, o número de residências urbanas com acesso a tratamento de água e esgoto e coleta de lixo passou de 63% para 70,3%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em saneamento básico, a proporção de domicílios que dispunham do serviço subiu de 63,3% em 2012 para 64,3% em 2013, atingindo 41,9 milhões de unidades.

A melhoria e ampliação do acesso a saneamento básico é resultado de investimentos feitos pelos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, nos últimos 12 anos. Somente em 2014, o governo federal destinou R$ 2,8 bilhões do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) para 635 municípios com até 50 mil habitantes realizarem obras de saneamento básico. A previsão é que o investimento beneficie 5 milhões de pessoas.

Investimento – Para a presidenta, investir em saneamento básico é investir na saúde dos brasileiros. Prova disso é que Dilma aprovou, em 2013, o Plano Nacional de Saneamento Básico, com previsão de R$ 508 bilhões em investimentos no setor nos próximos 20 anos.

Com isso, o Brasil deve universalizar a coleta de lixo na área urbana, acabar com lixões e ampliar para 99% a cobertura no abastecimento de água potável. “No Brasil, o governo federal não investia em saneamento. O que estou falando é água tratada, é esgoto sanitário com tratamento e oferta, é política de resíduos sólidos e também de drenagem”, disse a presidente, em cerimônia para assinatura do Plano Nacional de Saneamento Básico em 2013.

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias

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