Agressões e pedidos de intervenção militar destoaram em protestos
Atentado à sede do PT em Jundiaí (SP) e a agressão à manifestantes pró-governo fizeram parte das passeatas
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Mesmo diante dos pedidos dos organizadores dos protestos de domingo (15) por atos pacíficos e democráticos, cidadãos em várias cidades do País estamparam cartazes com mensagens ofensivas, com incitação ao ódio e pedidos de intervenção militar. Houve também casos de agressão a pessoas que manifestaram apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
O ato mais grave ocorreu no interior de São Paulo, em Jundiaí, ao término dos protestos na cidade. Vândalos atearam fogo na sede do Partido dos Trabalhadores (PT). O líder do PT na Câmara Municipal de Jundiaí, Gerson Sartori, disse que uma bomba, “muito possível” um coquetel molotov, casou sérios danos em parte do prédio.
“Lamentável este tipo de ação. Espero que tenha sido de vândalos e não de adversários políticos, que durante esta semana estiveram ocupando as redes sociais de maneira oportunista”, afirmou Sartori.
Nas ruas, algumas pessoas carregavam cartazes em inglês pedindo o apoio dos Estados Unidos para intervir e instalar uma ditadura no País. Muitos também esbravejavam o desejo de uma intervenção militar, uma ação anti- democrática. Também no interior de São Paulo, bonecos de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram enforcados em um viaduto.
Bonecos com alusão ao ex-presidente Lula e a presidenta Dilma são enforcados em São Paulo
Em vídeo divulgado ontem, a revista “Carta Capital” mostra dois de seus jornalistas sendo hostilizados por uma multidão após terem sua presença divulgada por um dos membros do Movimento Brasil Livre (MBL) durante o protesto na avenida Paulista, em São Paulo. Ao deixarem o carro de som, os dois repórteres foram escoltados por membros do MBL até uma área segura.
Após serem filmadas ou fotografadas, ouras agressões também repercutiram de forma negativa nas redes sociais, nesta segunda-feira (16). Em um desses vídeos, um rapaz vestindo uma camiseta vermelha foi xingado, aos gritos, com palavras de cunho preconceituoso pelos manifestantes. Minutos depois, houve uma tentativa de retirar à força a camiseta da vítima, que logo foi escoltada por policiais e retirada do local em uma viatura.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias
