“Alckmin cometeu estelionato eleitoral”, diz Padilha sobre crise hídrica

“Não tem chuva que recupere o Cantareira dentro dos próximos quatro, cinco anos”, avaliou Padilha

O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse ser lamentável a situação da crise hídrica em São Paulo e acusou o PSDB de cometer estelionato eleitoral. “É lamentável que, por uma questão política, São Paulo esteja sendo vítima do maior crime ambiental já visto”, disse durante o ato de apoio de artistas à Dilma, em São Paulo,na quinta-feira (23).

Para Padilha, Alckmin não segurou a crise até o final do segundo turno da eleição presidencial por condições técnicas. “Não tem chuva que recupere o Cantareira dentro dos próximos quatro, cinco anos”, avaliou.

O ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva, também qualificou a atitude de Alckmin diante da crise hídrica como estelionato eleitoral. Em sua avaliação, a ascensão de Dilma nas últimas pesquisas decorre da percepção da população sobre a má gestão dos recursos hídricos.

“Eu acho que o povo começou a sentir que foi vítima de um estelionato eleitoral. O PSDB faltou com transparência na questão da água, para reeleger o Geraldo Alckmin. Isso começa a ter um impacto em São Paulo”, completou ele.

Agressões – Na manhã de hoje, militantes petistas foram alvos de agressões da oposição no centro de São Paulo. O grupo que estava na Praça Ramos se manifestando favorável à Dilma foi provocado por tucanos. Um dos petistas chegou a ser agredido com bandeira. Sobre esses acontecimentos, o ex-ministro recomendou que a militância ignore as provocações. “Eles atacam de um lado e nós respondemos com sorriso”, concluiu Orlando.

13 tons de vermelho -Artistas, produtores culturais e comunicadores independentes se reuniram no Largo da Batata (Zona Oeste de São Paulo), para manifestarem seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff. A organizadora do evento, Maria Lutterbach, explicou que o ato é uma resposta amorosa ao clima pesado manifestado na eleição. “Queremos diminuir a cultura do ódio, de forma alegre, colorida e de paz”, disse.

O grupo definiu 13 pautas, contendo entre elas a reivindicação da descriminalização do aborto, criminalização da homofobia e autonomia dos povos indígenas. A ação agregou cerca de 7 mil pessoas. A líder do grupo explicou que a predileção por Dilma se deve por entender que a outra opção (Aécio Neves) significa retrocesso para o país. “Esse é um voto crítico que estamos apresentado. Temos críticas ao governo da Dilma, mas temos convicção de que com ela é possível dialogar”, acrescentou Lutterbach.

 

Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias

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