Atacado cresce em março e repete aquecimento do varejo

Após dois meses iniciais de queda em 2015, setor atacadista comemora a retomada das vendas em quase 15% no terceiro mês do ano

O comércio está em alta como um todo: se as vendas no varejo cresceram em março 4,1%, puxadas pelo salto de 17,1% do comércio eletrônico (e-commerce), também o segmento atacadista acaba de confirmar um forte crescimento naquele período (14,9%), após dois meses de queda.

A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira, 27, pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), que lembrou ter havido sucessivas perdas do setor em janeiro (-13,93%) e fevereiro (-8,15%).

O bom resultado ajuda a restabelecer parte dos ganhos registrados pelo comércio atacadista no final de 2014, a exemplo do que aconteceu com o varejo, cujas vendas no primeiro trimestre deste ano quase emparelhou-se com as do terceiro trimestre do ano passado.

De acordo com a Abad, “o faturamento real do setor atacadista cresceu 14,19% em março na comparação com o mês anterior”. O presidente da entidade, José Frota Lopes Filho, afirmou à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) que o setor atacadista é muito dinâmico:

– “É o último a sentir a crise e o primeiro a recuperar”, declarou, num auspicioso sinal de que a economia pode vencer em breve a retração registrada no início do ano.

Levantamento da entidade também revela que o faturamento do setor em 2014 alcançou um total de R$ 211,8 bilhões – aumento real de 0,9% e nominal de 7,3% com relação ao ano anterior (2013).

A participação do atacado no mercado de produtos de mercearia, de uso familiar, como alimentos, bebidas, limpeza, higiene e cuidados pessoais, alcançou 51,7% do total de 2014.

O número de pontos de venda atendido pelos varejistas atingiu mais de 1,064 milhão, que empregava mais de 553 mil funcionários. Também segundo Abad, o segmento farmacêutico e de cosméticos registrou alta de 10,4% no ano de 2014, com ganhos de R$ 17,2 bilhões.

O varejo “independente” (fora do circuito dos grandes varejistas) foi o segundo em crescimento (6,6%), com ganhos de R$ 128,3 bilhões; o setor de bares teve alta 6,4% e faturamento de R$ 44,7 bilhões.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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