Manifestações pelo Brasil defendem Lula e a democracia

Atos realizados pelo Brasil repudiam sentença do juiz Sérgio Moro e defendem que eleições sem Lula são uma fraude contra a democracia

Paulo Pinto/Agência PT

Ato de apoio a Lula reuniu cerca de 20 mil pessoas apenas em São Paulo

Por todo o país, o povo foi às ruas nesta quinta-feira (20), para defender a democracia, as Diretas Já e apoiar o ex-presidente Lula, condenado injustamente na semana passada.

Desde a manhã, os atos se espalharam em várias cidades. Até mesmo fora do Brasil, pessoas se solidarizaram com o ex-presidente e manifestaram sua luta pela democracia. Em seus Estados e cidades natais, parlamentares petistas compareceram aos atos para fortalecer a mobilização.

O destaque foi em São Paulo, onde o protesto encheu Avenida Paulista com cerca de 20 mil pessoas, entre militantes do PT e de outros partidos, além de movimentos sociais. O próprio Lula esteve presente e falou com a população em agradecimento ao apoio, além da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), e o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ).

A presidenta do PT disse que sentiu uma energia muito positiva no ato e que seguirá na luta pela democracia e pelo direito de Lula ser tratado com a devida justiça. “O que estamos vendo com essas sentenças do juiz Sérgio Moro é que há uma diferença muito grande de tratamento entre o Lula e outras pessoas acusadas nessa operação”, afirmou Gleisi.

“Aí o pessoal está vendo que essa luta contra o Lula vem, na verdade, contra o povo brasileiro, para que as pessoas não tenham acesso a direitos básicos, para que as reformas aconteçam. Por isso que lutar por Lula é lutar pela democracia. A energia foi maravilhosa aqui, não tem outro partido que faça isso no Brasil, não tem outro líder que faça essa mobilização”.

Lula e Gleisi falam com o povo na rua

O líder do partido no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou estar convencido que a defesa da democracia hoje passa pela defesa de Lula. “Eles deram o golpe, tiraram a Dilma e o programa deles não admite eleição”, destacou.

“Eles estão com um problema que o golpe deu errado. Quem são os nomes do golpe? Aécio, Temer, Eduardo Cunha. Eles diziam que tudo ia melhorar, mas as coisas só pioram no país. Aumento de desemprego, o Brasil voltando para o mapa da fome. Aí eles fazem pesquisa e dá Lula”, diz Lindbergh.

“Aí eles vão para a segunda parte do golpe que é tentar impedir a candidatura do Lula. É uma bandeira democrática, eleição sem Lula é uma fraude. Eles querem uma eleição que fique entre eles, um jogo de cartas marcadas. Defender Lula é defender a democracia, defender Lula é defender a soberania nacional”. Lindbergh ainda destacou que a defesa de Lula “é defender o povo pobre do país”.

Para o presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, “a decisão do Sério Moro é tão absurda que temos toda a convicção que as instâncias superiores vão corrigir a decisão do Moro”.

“Ele não parece um juiz, ele parece mais um torcedor, parece que se esconde atrás da toga para fazer a perseguição ao presidente Lula. Presidente que liderou esse povo brasileiro, dirigiu o Brasil e um processo de distribuição de renda, de inclusão dos trabalhadores e dos pobres no orçamento social. Defendemos com muita clareza a democracia brasileira, o Lula e os direitos dos trabalhadores”, afirmou Marinho.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que esse é um dia importante. “Dia em defesa do direito do presidente Lula participar da eleição, mas acima de tudo é um ato em defesa da democracia, do Estado de Direito, em defesa dos direitos dos trabalhadores, contra as reformas da Previdência e trabalhista”.

“É pelo Fora Temer, Fora Maia, por Diretas Já e que nós tenhamos no Brasil a possibilidade de voltar à normalidade democrática elegendo um governo que tenha legitimidade, eleito pelo povo. Isso se expressa, se condensa no direito do presidente Lula disputar a eleição. Aí o povo vota em quem ele quiser, mas eleição sem Lula é fraude”.

Em defesa de Lula, pelas eleições diretas e contra as reformas, milhares foram às ruas nesta quinta (20)

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, também esteve presente e afirmou que “hoje é um dia importante para a história do Brasil por conta da simbologia que esse ato tem na defesa da democracia que anda tão frágil no nosso país”.

“O povo atendeu ao chamado dos movimentos sociais, não só em São Paulo, mas em várias capitais do país o povo está nas ruas para dizer que defender o ex-presidente Lula é defender a democracia”.

Em Brasília, militantes, parlamentares e lideranças se reuniram na praça dos Três Poderes. O senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que agora é o momento de o povo se organizar e se conscientizar para enfrentar o golpe e resgatar a democracia. “Vamos resgatar a democracia. E isso não é fácil, porque eles têm o controle e o instrumento fundamental na mão deles que é a Rede Globo”, disse.

Já a deputada Érika Kokay (PT-DF) afirmou que a sentença do juiz Sérgio Moro já era esperada e representa o golpe de toga.  “Esse golpe busca não apenas fazer essa ruptura democrática, como impedir que a maior liderança que esse país construiu, que é Luiz Inácio Lula da Silva, dispute qualquer processo eleitoral”, afirmou. Não conseguem derrotar o PT nas urnas e não conseguem aprovar esse projeto de entrega do país que sai da ruptura democrática, de abandono de qualquer programa ou perspectiva de desenvolvimento nacional”, disse.

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas da Cinelândia. Em Porto Alegre, o ato foi na Esquina Democrática. No Rio Grande do Norte, a senadora Fátima Bezerra participou do ato em Natal. Em Goiânia, o ato contou com a participação do deputado Rubens Otoni.

Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Aracaju e Recife também tiveram atos expressivos, assim como em Teresina. Em Rio Branco, no Acre, o ato contou com a presença do senador Jorge Viana. Confira aqui a cobertura completa das manifestações durante o dia.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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