Bancários deflagram Greve em todo País nesta terça-feira

Proposta de reajuste de 7,35%, apresentada pelos bancos, é considerada insuficiente pela categoria, que também fará atos contra autonomia do BC

A oitava rodada de negociações entre os Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) realizada neste sábado (27), empurrou ainda mais os trabalhadores para a greve nacional nesta terça-feira (30). Segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), a proposta patronal de 7,35% foi considerada insuficiente.

“Essa proposta precisa melhorar frente aos lucros dos bancos”, diz o presidente da Contraf-CUT, o bancário do Itaú, Carlos Cordeiro. Só as cinco maiores instituições financeiras lucraram quase R$ 30 bilhões de reais nos seis primeiros meses de 2014. Para ele, além da questão financeira, a proposta continua sendo insuficiente por não tratar de outros pontos da pauta: “Não traz nada sobre garantia de emprego, combate às metas abusivas e sobre o assédio moral, segurança bancária e igualdade”.

Os bancários pedem um reajuste salarial de 12,5%, e o aumento do piso salarial para: R$ 2.979,25 e também medidas de combate à terceirização e assédio moral. A proteção do emprego e o fim das metas também fazem parte das reivindicações dos trabalhadores. “Mais uma vez deixamos claro na mesa de negociação de que não faremos acordo sem que sejam contempladas soluções para as metas e o assédio”, defendeu Cordeiro.

Nos últimos 10 anos, os trabalhadores já acumularam aumento real de 18,33% na média e de 35% no piso da categoria.

 

Por Marcos Paulo Lima, da Agência PT de Notícias

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