Berzoini critica foco seletivo sobre o PT e a Petrobras

O ministro das Comunicações ressaltou o pleno processo de investigações e revelou a disposição para o diálogo com a base

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, criticou, em entrevista ao jornal “Estadão“, publicada neste domingo (26), a seletividade nas investigações no âmbito da Petrobras e a forma como os resultados têm sido publicados, com um foco especial sobre o PT.

“Sempre digo que existe também, tanto na investigação quanto na forma como as coisas são publicadas, um foco bastante prioritário ao PT. As notícias existem, não há invenções. Mas há, eventualmente, uma seletividade da divulgação, ou uma seletividade na investigação”, declarou.

Berzoinin disse achar curioso a sociedade não questionar se casos semelhantes de corrupção ocorrem em outras grandes estatais estaduais administradas por outros partidos. Para o ministro, é possível fazer um paralelo entre o que aconteceu na Petrobras e os casos de formação de cartel envolvendo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo, em governos tucanos, por exemplo.

“O curioso é que ninguém se pergunta: será que isso acontece só na Petrobras? Será que grandes estatais estaduais de governo de outros partidos não estiveram envolvidas também nisso?”, questionou.

Para Berzoini, a divulgação do balanço auditado da Petrobras demonstra que a nova administração está tomando medidas para garantir a solvência e a fortaleza da empresa. “Acho que é bom para a Petrobrás que se aponte que, daqui para frente, está sendo feito algo novo do ponto de vista da gestão”, reforçou.

Regulamentação da mídia – O ministro destacou a liberdade de expressão como cláusula pétrea do debate sobre a regulamentação da mídia. Segundo ele, não pode haver tabu sobre o tema e saída é o debate, pois há setores que defendem a regulamentação e outros não.

Berzoini lembrou que o Código Brasileiro de Telecomunicações data de 1962, mas ainda precisa ser debatido. “Esse assunto é tão polêmico que tenho assumido a postura como ministro dizendo publicamente que, assim como tem setores que demandam uma mudança forte na regulamentação, tem setores que entendem que não haja mudança nenhuma”, afirmou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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