Maristella Matos: ‘O PMDB poderia reavaliar a sua candidatura e se unir ao PT’

Em entrevista a O DIA, secretária nacional de mobilização do PT fala que ainda crê em aliança no Piauí.

A secretária nacional de Mobilização do Partido dos Trabalhadores (PT), Maristella Matos, esteve no Piauí onde ministrou palestra sobre a atuação do PT nos Estados.

Em entrevista ao jornal O DIA, ela afirmou que o PT não tem preocupação em bater meta: “o que nós temos preocupação é em chegar até o filiado das nossas campanhas e que ele se mobilize, porque nós temos uma riqueza que nenhum outro partido tem, que é a nossa militância”, colocou. Sobre a crise nacional entre o PT e o PMDB, Maristella afirmou que ela veio em um momento inoportuno, mas que deverá ser superada em breve. A secretária colocou ainda que a candidatura de Wellington Dias está consolidada e lamentou a saída dele do Senado. Sobre uma possível coligação entre o PT e o PMDB no Piauí. “Acho que o PMDB poderia fazer esse gesto e reavaliar a sua candidatura e se unir ao PT. Isso nos daria muita alegria e nos daria a plena certeza de que Wellington ganharia no primeiro turno”. Confira a seguir um trecho da entrevista, que foi publicada na íntegra na edição deste domingo do jornal O DIA:

Maristella, num aspecto mais global, como é que anda essa questão da mobilização das candidaturas no Brasil como um todo e como é que você avalia a candidatura aqui no Piauí?

Então, o que nós estamos fazendo agora não é um movimento de mobilização das campanhas eleitorais. Porque se tem uma tradição do PT, esse movimento não começou agora, começou desde o ano passado, tem uma equipe que cuida disso. Mas nós do PT não temos preocupação em bater meta, o que nós temos preocupação é em chegar até o filiado das nossas campanhas e que ele se mobilize, porque nós temos uma riqueza que nenhum outro partido tem, que é a nossa militância, a nossa militância empolgada e mobilizada é o que você viu aí, era apenas a notícia de que um candidato, um parlamentar, estava desistindo de se reeleger, de se candidatar a reeleição e que um outro ia ser candidato, a plenária estava cheia e as pessoas motivadas, isso é o PT, essa é a diferença nossa.

Como é que o PT tem enxergado dentro do diretório nacional essa crise com o PMDB, se essa crise pode acarretar perdas ao partido, como é que está sendo visto isso?

Nós temos todo um cuidado de tratar essa crise porque, óbvio, para nós seria hipocrisia da nossa parte dizer que o PMDB não é importante. Agora, para o PMDB nós também somos importantes e ao meu ver essa crise seria desnecessária. Eu acho que nós temos uma boa relação com o PMDB, acho que o PMDB tem uma boa participação no governo, tem bons cargos no governo. Em todos os anos a nossa companheira Dilma tem colocado ministros. É uma pena que essa crise tenha começado nesse momento. Mas eu acredito que ela vai ser superada.

Aqui no Piauí, a coligação PT e PMDB não seguiu o parâmetro nacional. Como o diretório nacional vê isso?

Nós temos uma prioridade que é a reeleição da companheira Dilma, mas nós também entendemos que têm estados que têm suas especificidades, que têm seus diferenciais e suas relações na política. Aqui no Piauí, para nós, já está certo, Wellington será o nosso candidato a governador e o próximo governador do Piauí.

Mesmo com a candidatura de Marcelo Castro, que é do PMDB, não haverá influencias na candidatura de Wellington Dias, dada a coligação nacional?

Nós acreditamos que é legítima a candidatura do deputado Marcelo e que ela não atrapalha nada. Mas, nós do PT estamos unificados, nós do PT estamos empolgados com essa campanha de Wellington e a população tem nos mostrado que é acertada a candidatura do senador.

Edição: Mayara Martins
Repórter: Francicleiton Cardoso

PT Cast