Bohn Gass: “Além da corrupção, governo Temer tem marca do desemprego”

A crítica do parlamentar, que é membro da Comissão do Trabalho da Câmara, refere-se à perda de 20.832 vagas no mercado formal de trabalho em 2017

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"O PT vai pressionar para que a medida provisória seja votada no plenário do Congresso, para alterarmos da mesma forma como fizemos no ano passado, quando o governo queria dar R$ 200 e nós aprovamos os R$ 600", afirmou Bohn Gass

O deputado Bohn Gass (PT-RS) afirmou nesta sexta-feira (26) que o governo Temer, já reconhecido pelos escândalos de corrupção envolvendo o próprio presidente e vários de seus ministros, agora também está marcado pela incompetência na geração de empregos. A crítica do parlamentar, que é membro da Comissão do Trabalho da Câmara, refere-se à perda de 20.832 vagas no mercado formal de trabalho em 2017- resultado de 14.635.899 admissões e 14.656.731 demissões. Os dados foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apenas no último mês de dezembro, segundo o ministério do Trabalho, foram fechados 328.539 postos de trabalho.

“Além do governo Temer ter marcado 2017 como o ano dos escândalos de corrupção, das privatizações, da entrega do patrimônio público, agora também tem a pecha do aumento do desemprego. O pior é que esse desemprego tem afetado principalmente os trabalhadores da construção civil, fruto do desmonte das políticas públicas de habitação- como no caso do Minha Casa Minha Vida- além de afetar mais as mulheres e os idosos”, ressaltou Bohn Gass.

Ainda de acordo com o parlamentar, os idosos são duplamente prejudicados. Além do desemprego, outras medidas adotadas pelo governo também podem dificultar o acesso à aposentadoria. Segundo Bohn Gass, com a entrada em vigor da reforma trabalhista – que facilita a demissão de trabalhadores- e com a aprovação da reforma da Previdência – aumentando o tempo de contribuição- “milhões de idosos não vão conseguir sequer aposentar”.

“Por isso nossa prioridade é derrubar a reforma da previdência, e tentarmos revogar a reforma trabalhista”, ressaltou.

Segundo dados do Caged, em 2017 os setores da Construção Civil e da Indústria da Transformação registraram saldo negativo de 103.968 postos e 19.900 respectivamente. Também registraram perdas os setores de Extratividade mineral (menos 5.868 vagas), Serviços Industriais de Utilidade Pública (menos 4.557 vagas) e Administração pública (menos 575 vagas).

Do PT na Câmara 

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