Bolsa Atleta e Bolsa Pódio reforçam compromisso brasileiro com o esporte

Os competidores brasileiros que participaram dos Jogos Pan-Americanos de Toronto ressaltaram a importância dos incentivos do governo federal para os resultados alcançados na competição

Jogos Pan-americanos, Toronto 2015. Foto: Ministério do Esporte

Mais de 70% dos atletas brasileiros que competiram este mês nos Jogos Pan Americanos de Toronto, no Canadá, receberam incentivos do governo federal, por meio de programas como o Bolsa Atleta e Bolsa Pódio. O esforço dos competidores e os investimentos estatal possibilitaram a delegação nacional a faturar 141 medalhas e a conquistar o terceiro lugar no quadro de medalhas.

Os Estados Unidos lideraram o ranking com 265 medalhas e o Canadá ficou na segunda posição com 217 medalhas.  Os atletas do Brasil foram responsáveis por 41 ouros, 40 pratas e 60 bronzes.

A presidenta Dilma Rousseff, no último dia 26, manifestou “orgulho” e prestou “uma homenagem especial aos atletas que mostraram força e determinação no Canadá”.

Dilma reforçou a importância dos programas de esporte oferecido pelo governo federal e disse estar confiante com o desempenho brasileiro em 2016, quando o País sediará os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

“Tenho certeza de que vamos colher ainda mais frutos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, no ano que vem”, afirmou.

Bolsa Pódio – Desde 2010, o governo Dilma investiu mais de R$ 500 milhões nas modalidades que foram disputadas no Pan. Segundo o Ministério dos Esportes, dos 88 inscritos para disputar a competição, 21 foram beneficiados com o programa.

O investimento federal é de cerca de R$ 29 milhões por ano com o Bolsa Pódio, que faz parte do Plano Brasil Medalhas e oferece apoio complementar aos atletas e equipes brasileiras com chance de disputar pódio nos Jogos Olímpicos e nos Jogos Paralímpicos de 2016. As bolsas são de R$ 5 mil, R$ 8 mil, R$ 11 mil e R$ 15 mil.

Bolsa Atleta – Dos participantes do Pan de Toronto, 43 receberam recursos do Bolsa Atleta. Desde 2005, o governo mantém o programa que fornece patrocínio individual de atletas de diversas modalidades.

Os beneficiados recebem por meio de depósito em conta específica do atleta ajuda financeira durante um ano. A prioridade são aqueles que praticam esportes que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos.

No ano passado, os investimentos foram de cerca de R$ 100 milhões. O programa teve 6.570 atletas de esportes e modalidades olímpicas e paraolímpicas beneficiados, mais 558 de outros esportes e modalidades não-olímpicas e não-paraolímpicas.

Atletas de destaque – O esportista Davi Albino foi beneficiado com o Bolsa Atleta e faturou a medalha de bronze na categoria 98kg da luta greco-romana nos Jogos do Pan-Americanos de Toronto.

Atualmente, o atleta recebe o Bolsa Pódio. Segundo Albino, que já foi menino de rua e vigiava carros para se sustentar, o programa foi “fundamental” para sua vida.

“Para mim a Bolsa-Atleta foi uma ferramenta fundamental. Quando passei a receber, não tinha nada, e foi quando parei de tomar conta de carro. Porque aí pensava: ‘Já tenho R$ 750 todo mês’. Eu recebia o dinheiro da condução para o centro olímpico e a bolsa. E pensava: ‘Se me esforçar e ganhar uma medalha lá fora, posso passar a ganhar R$ 1.850 de bolsa’. Fui passando de fase em fase”, disse, em entrevista ao portal dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Outro atleta que garante os bons resultados nas competições devido aos dos incentivos do governo é o esgrimista Renzo Agresta, que ganhou medalha de bronze no Pan. Em entrevista ao portal do Ministério dos Esportes, enalteceu as vantagens do Bolsa Pódio.

“Não tenho dúvida de que o benefício está me ajudando nos treinamentos e possibilita a minha dedicação exclusiva ao esporte. O apoio garante o treinamento integral e tenho certeza que ajudou no meu pódio aqui em Toronto. A Bolsa Pódio é fundamental para a minha preparação visando os Jogos de 2016”, declarou.

O programa Segundo Tempo, que promove o acesso à prática e à cultura do esporte para crianças, adolescentes e jovens que vivem em áreas de vulnerabilidade social também revelou atletas na disputa no Canadá, como lembrou a presidenta Dilma Rousseff.

“O jovem Isaquias Queiroz, que conheceu a canoagem em sua cidade natal, Ubaitaba, na Bahia, por meio do programa Segundo Tempo, hoje é campeão pan-americano e mundial. As irmãs Lohaynny e Luana Vicente, que ganharam no Canadá a primeira medalha do badminton brasileiro feminino, entraram no esporte por meio de um projeto social na comunidade da Chacrinha, no Rio de Janeiro”, disse, por meio de nota.

Lei Agnelo/Piva – Para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, o Brasil investiu R$ 10 milhões, com recursos provenientes da Lei Agnelo/Piva. Ou seja, o dinheiro corresponde aos 2% da arrecadação bruta das loterias federais, descontadas as premiações.

Conforme prevê a lei, o recurso deve ser destinado para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), que recebe 85%, e para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que fica com 15% da arrecadação.

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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