Os crimes de Onyx Lorenzoni: o “cara” de Bolsonaro que promete combater a corrupção

Deputado que apareceu na propaganda eleitoral do PSL falando sobre combater a corrupção é o mesmo que ADMITIU ter recebido dinheiro de caixa 2 da JBS

Reprodução

Você sabe quem é Onyx Lorenzoni, apresentado como futuro chefe da Casa Civil em um eventual governo de Jair Bolsonaro? O deputado que apareceu no programa eleitoral de Bolsonaro desta segunda (22) falando que vai combater a corrupção é o mesmo que ADMITIU ter recebido dinheiro sujo.

O homem forte de Bolsonaro admitiu ter recebido caixa 2 da JBS para sua campanha. Ou seja: usou o dinheiro, mas não prestou contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele confessou ter embolsado R$100 mil reais em 2014 (quase R$130 mil em valores atuais).

Vale lembrar que, na época em que era relator do projeto Dez Medidas Contra a Corrupção, ele apresentou proposta para reduzir penas para o crime de caixa 2.

Lorenzoni gravou um vídeo confessando o crime. “Final da campanha, reta final, a gente cheio de dívidas com fornecedores, pessoas, eu usei o dinheiro.”, justificou.

O valor é diferente do informado por delatores, que falam em R$ 200 mil em espécie, entregues pelo presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Carne Bovina, Antônio Jorge Camardelli, em 12 de setembro daquele ano.

Ele também foi investigado por receber 175 mil reais da Odebrecht para sua campanha de deputado, em 2006. Lorenzoni era identificado pelo apelido ‘Inimigo’  na planilha de pagamentos ilícitos da empreiteira. O caso acabou arquivado a pedidos de Raquel Dodge, chefe da PGR.

Assista o vídeo:

Ignorância e promessas vazias

Também chama atenção a ignorância de Lorenzoni – deputado há quase 20 anos – sobre como funciona o governo. Em entrevista ao jornal O Globo, ele prometeu cortar 25 mil cargos comissionados logo no primeiro dia de governo.

Mas o jornal apurou que só existem 23 mil vagas sob esse regime. Questionado, ele baixou a proposta para 20 mil.

Sem responder como o governo faria os cortes sem paralisar a máquina pública, o homem forte de Bolsonaro disse que a ideia é parte de um “plano de governo conceitual”, sem propostas concretas, mas com linhas gerais que devem nortear o Executivo.

Da Redação Agência PT de Notícias

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