#BolsonaroNão: Mulheres lideram atos em defesa da democracia

Mobilizações aconteceram neste sábado (20) em mais de 180 cidades e repudiaram discurso de ódio disseminado por Jair Bolsonaro

Iolanda Depizzol

Ato pela democracia e contra Bolsonaro na praça da Sé, em SP

“Ele não! Haddad Sim!” foram as palavras de ordem que predominaram neste sábado (20) durante as manifestações que tomaram as ruas de mais de 180 cidades do Brasil e do exterior.

As mobilizações reafirmaram o protagonismo das mulheres na luta pela manutenção da democracia, em apoio ao projeto de governo representado por Fernando Haddad e Manuela D’Ávila e contra o discurso de ódio disseminado pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

“É mais uma mobilização histórica das mulheres. Esse é um momento decisivo da nossa história, e, mais uma vez, a demonstração de força das mulheres vem às ruas para dizer que ‘ele não, ele jamais’, e que nós estamos lutando pelo nosso país”, destacou a secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Karolyne.

“Nós somos o símbolo da resistência.” Foi assim que a auxiliar de enfermagem Ariane Martins resumiu a atuação das mulheres nas eleições deste ano. Diferente do candidato que não vai aos debates, ela marcou presença na manifestação em São Paulo, que teve a Avenida Paulista como ponto de partida.

“Vamos derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas. Nós acreditamos que é possível vencer ódio e por isso seguiremos em resistência, para que as nossa democracia não continue sob ameaça e para que tenhamos nossos direitos assegurados”, completou.

Ato em apoio a Haddad, Manu e em defesa da democracia, SP

Mais de 50 mil pessoas participaram do ato, segundo a organização. Com faixas e cartazes, mulheres e homens seguiram até a praça da Sé, onde tomaram as escadarias da histórica catedral. No mesmo local, em janeiro de 1984, cerca de 200 mil pessoas protagonizaram a maior manifestação política do Brasil até aquele momento.

Foi ali que começou a onda dos grandes comícios pelas Diretas Já, que culminou na redemocratização do país, após 21 anos de ditadura militar.

A fotógrafa Mariana Alves, de 29 anos, não cresceu sob a repressão do regime ditatorial, mas ela conhece bem essa página infeliz da nossa história. Mãe de uma menina de cinco de anos, ela diz que Jair Bolsonaro pode representar a volta dos “anos de chumbo”.

“O Bolsonaro é o símbolo do autoritarismo, do machismo e de tudo que há de ruim. Ele é uma ameaça à nossa democracia e à vida das pessoas, principalmente das LGBT, das negras e das mulheres.”

Se Bolsonaro representa o ódio e o autoritarismo, Haddad figura como a esperança da retomada de um Brasil feliz de novo para o povo brasileiro. A professora Juliana Oliveira está confiante na virada nessa reta final do segundo turno. Ela ressaltou ainda o esquema de caixa dois da campanha da campanha de fake news de Bolsonaro.

“Estamos nas ruas para mostrar que a nossa luta não tem trégua e que não vamos aceitar nenhum tipo de retrocesso. As pessoas já estão se dando conta de que Bolsonaro é uma grande mentira, assim como as fake news promovidas por ele”, resumiu.

Por Geisa Marques, da Secretaria Nacional de Mulheres do PT

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