Brasil e Coreia do Sul fortalecem comércio bilateral

Os dois países assinaram atos de cooperação em diversas áreas como saúde, ciência e tecnologia, trabalho entre outros

Em encontro promovido em Brasília, na sexta-feira (24), a presidenta Dilma Rousseff e a presidenta da República da Coreia, Park Geun-hye, fecharam importantes acordos entre os dois países, nas áreas de tributação, tecnologia da informação, energia, educação e saúde.

O governo brasileiro aproveitou também a visita de Estado da presidenta da República da Coreia para reiterar o interesse em promover a abertura do mercado sul-coreano para carne de Santa Catarina.

A presidenta do Brasil elogiou a parceria entre os governos e destacou a vontade recíproca de aprofundar a cooperação bilateral nos mais diversos campos. Dilma destacou que apesar dos efeitos negativos da crise, o comércio bilateral Brasil-República da Coreia é próspero e vem crescendo de forma sustentada, com aumento de mais de 65% desde 2009. Em 2014, a Coreia foi o sétimo parceiro comercial do Brasil no mundo e o terceiro na Ásia, com um intercâmbio total que atingiu 12 bilhões de dólares.

“Em vários setores de ponta, a Coreia é um tradicional parceiro econômico do Brasil, com o qual compartilhamos experiências bem-sucedidas”, afirmou Dilma.

Os investimentos coreanos realizados no Brasil, que contribuem para o desenvolvimento regional brasileiro foram  citados por Dilma Rousseff, como a fábrica de automóveis da Hyundai em Piracicaba e a participação das empresas Dongkuk e Posco, em associação com a Vale, na Siderúrgica do Pecém, no Ceará.

“No caso de Pecém, a previsão é de uma geração de 19 mil empregos diretos e indiretos com a construção da siderúrgica. Em Piracicaba, são 5 mil postos de trabalho”, ressaltou a presidente.

O estoque de investimentos coreanos no País é estimado em US$ 3,8 bilhões (2013), com destaque para as indústrias de semicondutores, máquinas e equipamentos, eletroeletrônica, siderúrgica e automotiva.

Educação – Segundo a presidenta Dilma, os acordos no campo das tecnologias da informação e da comunicação, assinados hoje, criam um programa de cooperação que vai unir empresas, universidades e centros de pesquisa. “Essas iniciativas conjuntas gerarão oportunidades de negócios e o desenvolvimento de alto conteúdo tecnológico que atendam aos mercados nacionais e internacionais”, destacou.

Ciência Sem Fronteiras – Dilma ressaltou também que a Coreia do Sul já recebeu 525 bolsistas brasileiros em suas universidades. “As oportunidades de estágio oferecidas por empresas coreanas – a maioria delas com importantes investimentos no Brasil – são fundamentais para a qualificação da formação acadêmica e para a futura interação entre os setores privados dos dois países.”

Dilma Rousseff lembrou que a educação no Brasil tem o papel estratégico de assegurar a sustentabilidade do esforço de inclusão social e de combate à pobreza. E elogiou a Coreia do Sul. “Hoje referência mundial na produção de conhecimento, graças também à excelência de seus centros de estudo e pesquisa”, elogiou.

Setor Energético – Foi assinado acordo para assegurar a ampliação do uso de energias renováveis. “A associação entre a Eletrobrás, a Eletronuclear e a empresa coreana Kepco, formalizada hoje, permitirá o intercâmbio de tecnologias e experiências no campo da energia termonuclear, com ganhos para ambos os lados”, disse a presidenta.

Durante o encontro, ambas concordaram com a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ao término da visita, a presidenta Dilma Rousseff, destacou a afinidade do Brasil com a Coreia .

“Apesar da distância geográfica que nos separa, sentimos seu país muito próximo de nós. Mais de 50 mil coreanos e descendentes, a partir dos anos 60, fizeram do Brasil sua segunda pátria, contribuindo para o desenvolvimento e a diversidade cultural do nosso País, integram a nossa Nação”, finalizou.

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Noticias

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