Brasil e México pretendem dobrar comércio bilateral nos próximos anos

Acordos de cooperação nas áreas de comércio, turismo, aviação e agricultura são assinados entre os países com o objetivo de “dobrar” o fluxo comercial nos próximos anos

Cidade do México - México, 26/05/2015.Presidenta Dilma Rousseff, durante visita de Estado ao México. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Para ampliar os investimentos bilaterais entre Brasil e México, a presidenta Dilma Rousseff assinou acordos para ampliação do comércio e cooperação industrial. As ações foram firmadas nesta terça-feira (26 ), em encontro com o presidente mexicano Enrique Peña Nieto, no México.

A presidenta pretende também conseguir reduzir as barreiras tarifárias aos produtos brasileiros. “Temos oportunidade para avançar muito mais em nossas relações comerciais, pois esses números estão aquém de nosso potencial, do tamanho da nossa economia e da  força dos nossos povos. Sem dúvida, temos condições de dobrar esse intercâmbio em alguns anos”, enfatizou durante a cerimônia no Palácio Nacional.

Entre os setores beneficiados pela facilitação de investimentos estão as áreas do comércio, turismo, aviação, agricultura, além de cooperação científica e tecnológica. Dilma afirmou que a assinatura dos atos “abrem novo caminho” e reforçou o potencial de crescimento econômico para ambos os países.

O presidente mexicano Peña Nieto também comemorou os acordos realizados. “A partir de hoje damos um salto qualitativo na relação Brasil-México. Esperamos que, em menos de dez anos, possamos dobrar o nosso comércio bilateral, que hoje já é de US$ 9 bilhões,” afirmou.

Em 2014, o Brasil exportou US$ 3,6 bilhões para o México e importou US$ 5,3 bilhões, o que resultou em um fluxo comercial de cerca de US$ 9 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Brasil e México são as duas maiores economias da América Latina. O comércio entre os dois países dobrou nos últimos dez anos. O Brasil se tornou o segundo país a receber investimentos diretos do México, atrás apenas dos Estados Unidos. Os produtos industrializados representam  97% das exportações brasileiras ao país.

Os países também assinaram um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) para fomentar os investimentos, o documento serve para dar  mais segurança jurídica aos negócios entre as nações. O embaixador Antônio Simões, secretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, ressaltou a importância do acordo.

“Esse acordo é significativo porque ele não só ajuda a consolidar investimentos existentes, como cria perspectiva nova de regras, de facilidades para os novos investimentos”, afirma Simões.
Para selar os acordos, a presidenta fez um brinde que “refletem a importância que atribuímos às relações bilaterais”.

“Proponho que juntemos nossos esforços e nosso brinde com tequila e cachaça, que tendem a se tornar os símbolos da nossa relação”, discursou a presidenta.

Programas sociais – A presidenta Dilma aproveitou a viagem ao México para propagar a importância dos programas sociais que a gestão petista criou. “Para nós, o fim da miséria, a superação da pobreza extrema, é sempre só o começo, para que sejamos capazes de fornecer serviços, sobretudo educação de qualidade para nossas populações”, afirmou.

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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