Bruno Farias: Instituições brasileiras distanciam-se do povo

Desde o golpe contra Dilma Rousseff e a tentativa de deixar Lula fora das eleições de 2018 há uma lacuna entre as instituições e a vontade popular

Lula Marques/Agência PT
Tribuna de Debates do PT

Sessão da Câmara durante votação da denúncia contra Temer

O povo brasileiro assiste atônito a tudo o que vem acontecendo. Desde o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, vimos a grande lacuna entre as instituições do país, criadas para defender nossos interesses, e a verdadeira vontade do povo.

Lula, o presidente mais popular da história do país, tem seu nome envolvido em acusações que não se sustentam. Mesmo com a condenação, sem provas, de 9 anos e seis meses proferida pelo juiz Sergio Moro, Lula continua a ter as maiores intenções de votos para o pleito de 2018.

Por isso, é mais uma vez, evidente a divergência entre a vontade popular, que a cada momento importante de nossa história recente mostra-se menos soberana, e as intenções espúrias dos que dizem defender nossos direitos.

A tentativa criminosa de deixar Luiz Inácio Lula da Silva de fora da próxima eleição é um novo golpe nos desejos da classe trabalhadora de voltar a ter dignidade.

O golpista Temer, com 7% de aprovação em seu mandato, segundo pesquisa do Datafolha, foi absolvido por um TSE presidido por um ministro que tem a trajetória marcada pela defesa da classe mais abastada e associação a políticos como Aécio Neves.

Aécio viu o fim de sua credibilidade política perante a nação, após áudios nos quais pede dinheiro a empresário virem à tona. No poder, o presidente ilegítimo tenta de tudo para empurrar goela abaixo da população reformas por ela rejeitadas.

No entanto, o maior passo das instituições do país para se afastarem de nossos quereres deu-se nesta quarta-feira, 2 de agosto. A vergonhosa votação realizada na Casa do Povo decidiu pelo arquivamento de denúncia contra investigação de Michel Temer.

Áudios de Joesley Batista, o mesmo empresário com que Aécio foi gravado pedindo dinheiro, e uma mala com R$ 500 mil entregue a aliado do presidente ilegítimo não foram o bastante, segundo 263 deputados federais, para que a Justiça investigasse.

Enquanto 93% dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Vox Populi, eram a favor da abertura do inquérito, esses 263 políticos justificaram seus votos contra a investigação pela aprovação das reformas da Previdência e a já aprovada trabalhista.

Essas reformas, vale ressaltar, são mal vistas por 74% e 64% dos brasileiros, respectivamente, conforme o Datafolha.

Nossas instituições não nos representam. O povo mais uma vez é massacrado por uma elite egoísta.

Por Bruno Farias,  estudante de Diadema (SP), para a Tribuna de Debates do PT.

 

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