Campanha de 2016 será momento de travar batalha contra doações privadas, avalia Falcão

O presidente nacional do PT anunciou também que a sigla passará a responsabilizar os candidatos por eventuais descumprimentos da legislação eleitoral

Presidente, Rui Falcão durante entrevista na sede do PT em Brasília. Foto: Lula Marques/Agência PT

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse nesta terça-feira (26), que a campanha eleitoral deste ano para prefeitos e vereadores em todo o Brasil será o momento para a legenda travar a maior batalha contra o financiamento empresarial.”Vamos fazer uma campanha que vai exigir muita criatividade, ampla participação da militância, da sociedade organizada e dos movimentos sociais. E que vai requerer também auto-financiamento, formas criativas, porque não haverá campanha nos moldes anteriores”, declarou, em coletiva de imprensa, após reunião da Comissão da Executiva Nacional do PT, em Brasília.

O PT acredita, no entanto, que irá se beneficiar com o fim do financiamento empresarial. “Diziam que se acabasse com o financiamento empresarial quem iria ganhar com isso seria o PT, que sabe fazer mais campanha, tem mais militante. Eu acredito nisso”, declarou.

O dirigente anunciou ainda que a sigla pretende responsabilizar as candidaturas por eventuais descumprimentos da legislação eleitoral. “Vamos introduzir na Carta Compromisso dos Candidatos uma cláusula em que cada candidato ou candidata se diz ciente das normas eleitorais, principalmente aquelas que dizem respeito ao financiamento das campanhas. Assim, cada um será considerado plenamente responsável pelas suas campanhas”, explicou.

“Não queremos que haja nenhuma responsabilização do partido. Mesmo porque teremos milhares de candidatos e candidatas pelo País, entre prefeitos, vice-prefeitos e vereadores”, justificou.

De acordo com o presidente do PT, a Escola de Formação Política e a Fundação da Perseu Abramo (FPA) irão atualizar uma cartilha de formação para os pré-candidatos de 2016, logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelecer as regras para o pleito. O partido deverá também, por meio do secretário de Finanças, Marcio Macêdo, organizar um seminário para orientar os concorrentes.

Rui Falcão ainda disse que vários estados têm a meta de ampliar o número de prefeitos, mas desmentiu a “falácia” de que o PT é o partido que mais perde cargos municipais. “Perdemos menos prefeituras que o PMDB e outros partidos, embora a concentração da mídia monopolizada seja para ressaltar as perdas do PT”, disse.

“Iremos apoiar nossas candidaturas em alianças preferenciais com partidos do campo democrático-popular, mas estendendo-as aos partidos da base aliada do governo Dilma. E também procurando ampliar o leque de candidaturas com pessoas dos movimentos sociais, com mais juventude, mais mulheres, para ampliar o número de candidatos, inclusive”, adiantou.

Economia – Sobre a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, marcada para esta quinta-feira (28), Rui Falcão disse que é “muito positiva” a iniciativa do governo de reunir representantes tão distintos para debater propostas reais. “Reafirma a posição da presidenta Dilma de aprofundar o diálogo, como ela vem fazendo. Estou esperançoso que as propostas apresentadas nesse conselho possam prosperar”, disse.

Sobre as mudanças nas regras da Previdência, citadas recentemente pelo Planalto, o dirigente disse apenas que “o PT é a favor do debate em fórum qualificado para isso, instituído pelo governo”.

Aniversário – Nos dias 26 e 27 de fevereiro está marcado um grande encontro para comemorar os 36 anos da sigla, no Rio de Janeiro (RJ). No primeiro dia, será realizada a reunião do Diretório Nacional do PT. No dia seguinte, serão formadas duas mesas de debates e, à noite, haverá show dos artistas Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas Roque Clube, da cantora Bete Carvalho e de uma bateria de escola de samba.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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