Chegada da enxurrada de lama ao Espírito Santo preocupa o governo

A presidenta Dilma Rousseff afirma que o governo está a disposição para ajudar o estado; a enxurrada afetará o abastecimento de águas nas cidades de Baixo Gandu, Colatina e Linhares

Água do Rio Doce fica mais escura e indica que lama está perto do ES. O trabalho da Defesa Civil, em conjunto com os municípios, continua! O nível do Rio Doce aumentou 40 cm com a chegada da água turva que vem antes da lama de rejeitos. Uma equipe está sobrevoando Baixo Guandu para acompanhar em tempo real a chegada da onda e então suspender o abastecimento na cidade. Carros-pipa já foram enviados para o município. (Foto: Secom)

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (10) que o governo federal está à disposição do estado do Espírito Santo para auxiliar e acompanhar a chegada da onda de lama resultado das barragens que se romperam em Mariana, Minas Gerais, na semana passada. O acidente matou quatro pessoas. No estado capixaba, a enxurrada deve afetar o abastecimento de água de Baixo Guandu, Colatina e Linhares.

“Nós estamos preocupados porque duas barragens se abriram no estado de Minas Gerais e uma onda de água com lama está chegando ao Rio Doce. O governo federal se coloca inteiramente à disposição. Vamos agora acompanhar a situação no Espírito Santo”, disse a presidenta.

A declaração foi dada durante a cerimônia de entrega de 1.799 moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida em Nova Friburgo, São Gonçalo, Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e São Matheus, no Espírito Santo. Mais de 7,1 mil pessoas serão beneficiadas com os quatro empreendimentos que receberam um investimento total de R$ 103,7 milhões.

10112015-_IGV6828-EditarDurante o evento, a presidenta garantiu a continuidade de programas que dão oportunidades e garantem mais recursos para as famílias que mais precisam, como o Bolsa Família, o Prouni, o Fies, os Mais Médicos e o Minha Casa Minha Vida.

“Não vamos parar. O meu governo não vai cortar o Bolsa Família. Para continuar garantido melhores condições para as pessoas que usam esses recursos cortamos ministérios, diminuímos secretarias e cortamos no nosso próprio salário porque queremos preservar programas que mudam a vida dos brasileiros”, reforçou.

Em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, foram entregues 300 moradias. Todos os beneficiados foram vítimas das chuvas que atingiram a cidade em janeiro de 2011 e causaram mais de 900 mortes e centenas de pessoas ficaram desabrigadas.

“Após a tragédia que assolou Nova Friburgo, começamos a ver que precisávamos reconstruir a cidade com encostas, moradias e estruturas para impedir que quando a chuva aparecesse não houvesse riscos de perdermos mais vidas. Fiquei impressionada com o número de obras que temos aqui atualmente. Fizemos um grande esforço para que isso acontecesse”, relatou a presidenta.

Segundo o prefeito do município carioca, Rodrigo Cabral, existem 81 obras com o objetivo de recuperar as encostas, entre as que estão em andamento e as que foram entregues. São construções para o lazer, escolas e creches, espaços de convivência dos moradores, drenagem e recuperação das encostas.

“Poucos municípios têm esse volume de obras e isso acontece aqui graças a essa parceria do governo federal e estadual”, afirmou.

A presidenta disse também que nas próximas semanas vai se iniciar a fase de contratação do Minha Casa Minha Vida 3, onde o governo vai entregar até 2017 mais 3 milhões de moradias.

Isso vai fazer com que sejam entregues 7 milhões e 100 mil unidades até o final do mandato de Dilma. Aproximadamente 28 milhões de brasileiros serão beneficiados. “Isso corresponde a 15% da população brasileira. É um feito extraordinário”, ressaltou.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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