Chico Buarque: “De novo, não. Não vai ter golpe”

Em discurso no centro do Rio, compositor defendeu Dilma e associou o momento atual ao golpe militar de 1964, que havia ocorrido há exatos 52 anos

Lula Marques

Lula Marques

O compositor Chico Buarque se juntou à manifestação em prol da democracia e contra o golpe na quinta (31), no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro. Ao microfone, Chico fez um discurso a favor da preservação da legalidade do mandato da presidenta Dilma Rousseff e foi aclamado pela multidão de admiradores.

“[Aqui tem] Gente que votou no PT, gente que não gosta do PT, gente que foi do PT e se desiludiu, gente que votou na Dilma, gente que votou na Dilma e está decepcionado com o seu governo. Mas, sobretudo, gente que não pode pôr em dúvida a integridade da presidenta Dilma Rousseff”, discursou.

Chico fez referência ao aniversário do golpe militar de 52 anos atrás. “Estamos todos unidos pelo apreço e defesa intransigente da democracia. Eu vejo gente na praça, gente da minha geração, que viveu 31 de março de 1964. Mas vejo, sobretudo, uma imensa juventude que não era nem nascida mas conhece a história do Brasil”.

“Estou aqui para agradecer vocês que me animam a acreditar que não, de novo, não. Não vai ter golpe”, encerrou, com uma flor vermelha à mão, entregue por alguém do público.

“Não vai ter golpe” é a frase que marcou o dia 31 de março de 2016 no Brasil. Na data em que o país completou 52 anos do início da ditadura civil-militar (1964-988), milhares de manifestantes foram às ruas em 25 estados e no Distrito Federal para defender a democracia e repudiar a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Mais de 800 mil pessoas participaram, segundo números dos organizadores. Somente em Brasília, foram 200 mil pessoas, enquanto em São Paulo, 60 mil.

Por Bruno Hoffmann, da Agência PT de Notícias

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