Classe média será foco de reforma da Previdência bolsonarista

Sistema de capitalização será para nascidos a partir de 2014, que entrariam no mercado de trabalho depois de 2030, ganhando acima de R$ 4.055,82

A proposta de mudança da Previdência de Jair Bolsonaro e sua equipe econômica, capitaneada por Paulo Guedes, traz diversas maldades para os trabalhadores brasileiros, como o aumento da idade mínima. Porém, a classe média pode ser a mais afetada, uma vez que a mudança estrutural, com o regime de capitalização, valerá apenas para quem ganha acima de R$ 4.055,82 em 2030, segundo informou o Globo.

Pela proposta bolsonarista, o valor que determina se o contribuinte se enquadra no sistema de capitalização irá diminuindo ao longo dos anos, até ficar em R$ 3.284,27, no ano de 2040. Segundo o IBGE, em novembro de 2018, o rendimento médio do trabalhador brasileiro era de R$ 2.238.

Atualmente a lógica o sistema na Previdência é da repartição, pela qual os trabalhadores que pagam agora estão bancando as aposentadorias daqueles que já contribuíram. O sistema recebe aporte também dos empregadores e do Estado.

Pelo sistema de capitalização, o trabalhador precisa depositar uma porcentagem do salário o em uma espécie de caderneta de poupança, o que acarreta a cobrança de taxas de administração. No Chile, onde o sistema foi implementado no governo Pinochet nos anos 1980, 90% dos aposentados recebe aproximadamente metade de um salário mínimo.

No Brasil, a proposta bolsonarista tem ainda mais um adendo, com o sistema misto. Um trabalhador que por exemplo receba salário de R$ 5.000 em 2030, recolheria para o regime de repartição em cima do valor de até R$ 4.055,82, e teria de contribuir para a capitalização em cima do restante da renda (R$ 944,18).

Da Redação da Agência PT de notícias, com informações do Globo

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