Com Lula, Marcha das Margaridas deve reunir 100 mil em Brasília

Trabalhadoras rurais do Brasil e da América Latina participarão da mobilização no Mané Garrincha, no DF, nos dias 11 e 12 de agosto

Milhares de mulheres do Brasil e da América Latina já começaram desembarcar em Brasília para a 5ª Marcha das Margaridas. O evento, que acontecerá entre terça (11) e quarta-feira (12), terá como tema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é presença confirmada na abertura do ato, marcada para acontecer às 18h30 no Estádio Nacional Mané Garrincha, na capital federal.

De acordo com secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Piauí (FETAG-PI), Mazé Morais, a Marcha representa um momento de reafirmação política das mulheres, pautado na autonomia, democracia e combate às desigualdades e violência.

“É de fundamental importância esse momento, de fortalecimento, de reconhecimento da luta das mulheres do campo, da floresta e das águas. Um dos nossos pontos principais é a questão da violência contra as mulheres”, ressalta Mazé.

O movimento tem como estratégia a conquista de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. A marcha, que teve a primeira edição no ano de 2000, foi batizada com esse nome em homenagem à trabalhadora rural e líder sindical, Margarida Alves, assassinada em 1983.

De acordo com Mazé, a edição deste ano tem a expectativa de reunir 100 mil mulheres das cinco regiões do País e de 20 países da América Latina.

“As caravanas com as delegações estão chegando de todo o Brasil e da América Latina. Não tenho dúvidas de que estaremos com esse Mané Garrincha lilás, cheio de margaridas, fortalecendo cada vez mais a luta do movimento sindical de trabalhadoras e trabalhadores rurais deste Brasil”, declara a secretária.

Uma delegação da Marcha das Margaridas se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, na quinta-feira (6), no Palácio do Planalto, para tratar da mobilização. Participaram do encontro a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas; a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; e os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; e do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, além de outras representantes do movimento.

Mazé destaca o compromisso de Dilma em dialogar com a pauta das trabalhadoras do campo. A secretária revelou a expectativa da presença de Dilma durante o ato do movimento.
“Temos a expectativa da presidenta vir à nossa Marcha, dando uma resposta positiva. Não temos dúvida de que, nesse período da marcha, ela não vai conseguir dar respostas a todas as nossas demandas, porque são mais de 400 itens de reivindicação”, ressalta Mazé.

Além disso, a secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Piauí também garante que a Marcha das Margaridas está com Dilma e não aceitará qualquer movimento golpista.

“A gente não concorda, temos consciência desse processo e não aceitamos o golpe”, destaca Mazé.

Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias

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