Com Temer 900 mil pessoas deixaram classes A e B em 2017

Ao contrário de hoje, nos governos Lula 18,8 milhões de pessoas passaram a integrar uma nova classe média

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Diminuiu proporção de pessoas nas classes A e B

Com o desgoverno do golpista de Michel Temer, em 2017 cerca de 900 mil pessoas deixaram as classes A e B, considerando o critério de renda, segundo estimativas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do banco Bradesco, feito com dados do IBGE, obtido pelo jornal “Valor“.

Somente na classe A, composta por famílias com renda mensal de R$ 11.001 ou mais nos critérios do Bradesco, foram 500 mil a menos. Esse grupo passou a ser formado por 10,3 milhões de indivíduos em 2017, o que representava 4,9% da população. Já na classe B a diminuição foi de 400 mil pessoas, passando a 11 milhões.

Pelo estudo do Bradesco, as classes C e D tiveram aumento de 3,9 milhões e 800 mil pessoas, respectivamente. Já a classe E teria diminuído em 4,2%, passando a ser composta por 38,6 milhões.

Se hoje o brasileiro amarga os efeitos do golpe e da agenda neoliberal implantada no país, há pouco tempo a realidade era outra. Sob os governos do ex-presidente Lula, a ascensão social e a inclusão do povo no Orçamento público marcaram a vida dos brasileiros que passaram a viver com mais dignidade, fruto dos programas sociais do PT.

Durante os governos de Lula, o grande fenômeno social foi a ascensão de boa parcela da população das classes D e E para a classe C. Pelas contas do Bradesco, 18,8 milhões de pessoas passaram a integrar essa nova classe média de 2007 a 2012, impulsionados pelo crescimento econômico, oferta de empregos e crédito mais farto.

Políticas implementadas por Lula, como o aumento real do salário mínimo, o Bolsa Família e o ajuste anual para todas profissões organizadas também contribuíram para a melhora durante os governos petistas.

Os cálculos do Bradesco consideram a classe B famílias que ganham de R$ 7.278 a R$ 11.001, classe C as famílias que ganham de R$ 1.819 a R$ 7.278, classe D as famílias que recebem de R$ 1.100 a 1.819 e classe E as famílias que recebem até R$ 1.100.

Estudo da LCA Consultores

Estudo similar da consultoria LCA apontou diminuição de  440 mil no segmento. Paralelamente, houve um aumento de pessoas nas classes C e E.

No cálculo do análogo feito pela LCA Consultores a mesma tendência foi identificada, um aumento acentuado da classe E e uma diminuição mais leve nas classes altas.

De acordo com a consultoria, 441 mil pessoas deixaram as classes A e B em 2017. O retrocesso foi maior na classe A pelo critério da consultoria, que considera renda familiar per capita superior a R$ 3.566. O contingente desse grupo social recuou de 13,1 milhões para 12,8 milhões de pessoas.

A maior variação pelo critério da LCA foi no aumento da classe E, com renda de até R$ 178 por pessoa, que subiu 7,9%, de 17,7 para 19,1 milhões de indivíduos.

Ainda segundo a consultoria, a classe B diminuiu 0,2%, passando de 64 para 63,9 milhões de pessoas. A classe C teria aumentado ligeiramente, em 1,3%, chegando a 82,9 milhões; e a classe D teria diminuído de 28,8 para 28,3 milhões.

A LCA considera de classe B as famílias com renda de R$ 1.009 a R$ 3.566 por pessoa, classe C famílias com renda de R$ 369 a R$ 1.008 por pessoa, classe D famílias com renda de R$ 179 a R$ 368 por pessoa.

Nas contas da LCA, o Sudeste foi a região com maior redução do número de pessoas nas classes A e B. A região tinha 40 milhões de pessoas nesses grupos em 2017, queda de 2,5%. Esse achatamento da renda na região mais rica do país foi percebida por outras pesquisas do IBGE. O Índice de Gini, que mede a desigualdade, recuou para 0,529 no Sudeste.

 

Os cálculos do Bradesco utilizam a renda de todas as fontes (salários, aposentadoria, aluguéis etc.) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2015. Os dados de 2016 e 2017 foram atualizados pela renda do trabalho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) trimestral. Ambas as pesquisas são do IBGE.

Já a LCA Consultores realizou suas estimativas com base na renda de todas as fontes da Pnad Contínua anual de 2016 e 2017. As faixas de renda selecionadas seguem o chamado Critério Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), atualizadas pela inflação. Esse critério gera faixas de renda para as classes a partir de estatísticas como posse de bens duráveis pelas famílias.

Da redação da Agência PT de notícias

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