Concessão não é privatização, explica ministro do Planejamento

Segundo explicou Nelson Barbosa, os modelos adotados pelo governo atendem às necessidades concretas e não a “posições ideológicas”

Foto: Lula Marques

Nelson Barbosa: “Até o FMI tem revisto seus dogmas, apontando que todos os países deveriam apostar em transferência de renda e no aumento do investimento público na saída da pandemia, além da tributação dos mais ricos. Mas, infelizmente, esse tipo de debate não chegou no governo brasileiro”

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, rebateu, nesta quarta-feira (10), a informação de que o novo Plano de Concessões do governo federal seja uma forma disfarçada de privatização. Segundo explicou o ministro, os modelos adotados pelo governo atendem às necessidades concretas e não a “posições ideológicas”.

Durante reunião conjunta das comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado, Barbosa disse que o desafio é transformar a demanda que existe em projetos de execução viável. O ministro avaliou que a taxa de investimento no Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – hoje em 20% – está na média de outros países, mas ponderou que para crescer mais rápido o país precisa aumentar a competitividade.

O programa anunciado pelo governo na terça-feira (9) prevê investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos e concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos.

O ministro destacou que a prioridade em ferrovias – com investimentos previstos da ordem de R$ 86,4 bilhões – visa a melhorar o escoamento da safra agrícola do Centro-Oeste, com ligações de saída pelo corredor norte. Questionado sobre a falta de recursos do governo, ele reconheceu que o desembolso para os investimentos previstos será grande, mas será escalonado ao longo do tempo.

No caso das rodovias, as novas licitações terão os estudos concluídos até o início de 2016 e devem começar a sair do papel no segundo semestre do ano que vem. Ao fazer um resumo das ações anunciadas, Barbosa disse que o volume de concessões cresceu significativamente nos últimos 12 anos, ainda que esteja abaixo das metas iniciais, assim como as execuções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A nova fase do programa de investimentos, afirmou, prevê metas realistas de execução.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil

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