CUT organiza trabalho de base para Congresso do Povo

Dirigentes cutistas participaram do Seminário Nacional da Frente Brasil Popular que realizará atividades em todo o Brasil

Paulo Pinto/AGPT

Movimentos sociais

A Frente Brasil Popular, que reúne movimentos populares, centrais sindicais e partidos políticos, lançou na sexta-feira (2) as bases que orientarão a organização do Congresso do Povo.

A iniciativa propõe à população brasileira um diálogo permanente sobre a situação política do país e, principalmente, ouvirá os problemas que afligem os brasileiros e as brasileiras em diversas localidades em todos os estados da federação.

Durante a reunião, que aconteceu na Escola Nacional Florestan Fernandes, espaço formativo do Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no interior de São Paulo, lideranças políticas decidiram um cronograma de atividades que desembocarão em um encontro nacional: o Congresso do Povo.

O congresso acontecerá em meados de julho deste ano, e buscará, em conjunto com a população, construir saídas para a crise que afeta o país desde o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, além de criar um projeto nacional que garanta a soberania, a democracia e o combate às desigualdades sociais.

“Precisamos fazer um movimento permanente de enfrentamento de questões que afetam o Brasil, a classe trabalhadora e a todos os brasileiros e brasileiras”, diz a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro.

“Vivemos um momento de avanço e ofensiva do golpismo em três questões que são fundamentais: a democracia, os direitos do povo e a soberania nacional”, explica Carmen.

A construção de um Congresso do Povo é um passo importante para dialogar com toda a população brasileira sobre as consequências do golpe, o contexto em que acontecerão as eleições deste ano e o que está acontecendo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, explica Eliane de Moura Martins, do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD).

“Todos esses temas precisam ser transformados em um diálogo acessível e compreensível do ponto de vista do nosso povo, da classe trabalhadora, especialmente esta que vive na pele, na carne, os ataques de todo o desmonte do Estado brasileiro”, diz Eliane.

Segundo ela, “o Congresso do Povo é para ser essa ferramenta, essa mediação, entre essa realidade, a complexidade dos elementos da política que nós estamos vivendo no país e todas as consequências delas, com as massas trabalhadoras”.

O processo de construção do Congresso se inicia imediatamente com a realização de seminários estaduais de planejamento e formação de multiplicadores capazes de animar o processo local de mobilização para as etapas municipais ou regionais. Estes seminários deverão ocorrer até a primeira quinzena de março.

Rosane Bertotti, Secretária Nacional de Formação da CUT, lembra que o Congresso do Povo vai ao encontro de iniciativas de trabalho de base que já estão em curso na Central, como o Projeto Formigueiro.

Para ela a Rede Nacional de Formadores da CUT deverá se somar no processo de construção do Congresso do Povo, integrando a metodologia e os debates da formação sindical com as práticas dos movimentos populares.

Já a Secretária de Relação com os Movimentos Sociais da CUT, Janeslei Albuquerque, ressalta que o Congresso do Povo é uma forma concreta de fortalecer a aliança e a unidade da CUT com os movimentos sociais, desde a base.

“Temos o desafio de fazer um diálogo direito com o povo brasileiro, sem a manipulação da mídia golpista, para muito além daqueles que já estão organizados nos sindicatos ou nos movimentos. É preciso ouvir os problemas da população, para construirmos coletivamente as saídas para crise social e política em que nos encontramos”, conclui.

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Publicado por Frente Brasil Popular em Segunda, 5 de fevereiro de 2018

Por CUT

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