Ser presidenta do PT-GO é fruto do empoderamento das mulheres

Para a 1ª mulher presidenta do Partido dos Trabalhadores em Goiás, Kátia Maria, o empoderamento das mulheres é resultado da luta de muitas petistas

Lula Marques/Agência PT

“Nós não queremos fazer sozinhas, queremos fazer juntas, de forma colaborativa, participativa", afirma nova presidenta do PT GO, Kátia Maria

Pela primeira vez, o Partido dos Trabalhadores de Goiás será presidido por uma mulher. A professora Kátia Maria foi eleita com 95% dos votos no 6º Congresso e está ciente da responsabilidade de ser mulher e comandar o partido. Mas também sabe que ficar à frente dos desafios desse cargo pelos próximos dois anos é consequência da luta de todas as mulheres do PT.

Vice-presidenta do PT-GO na gestão anterior, Kátia também era Secretária de Mulheres do partido no estado. “É muito importante saber que aqui temos a primeira mulher a assumir a presidência estadual. Isso mostra que soubemos construir um caminho correto, que partiu de uma filiada ‘comum’ e que se consolida agora como a primeira mulher a presidir o partido em Goiás”, afirmou.

Para ela, o processo de empoderamento das mulheres resulta de um trabalho que vem sendo feito ao longo do tempo, inclusive com aprovação da paridade entre homens e mulheres nas direções do PT.

A gente quer a paridade das mulheres nos espaços de poder ajudando a definir a política do partido

“Esse processo não chega de graça. É uma construção que a gente fez. Foi na nossa gestão na secretaria de mulheres do PT de Goiás que elegemos as primeiras mulheres prefeitas no estado, além de várias presidentas municipais no interior e a presidenta do PT da capital”, ressaltou Kátia, destacando a eleição da deputada estadual Adriana Accorsi como presidenta do PT de Goiânia.

A paridade, na sua avaliação, é um primeiro passo para incentivar e criar condições para as mulheres participarem dos espaços de poder. “Costumo dizer que não queremos só paridade em ata, queremos paridade das mulheres nos espaços de poder ajudando a definir a política do partido. Estou convencida que a aprovação da paridade foi um avanço para o PT e deve reverberar em outras instituições também”, afirmou.

Além de ser a primeira mulher a comandar o PT-GO, Kátia também é a mais jovem presidenta da história do diretório estadual de Goiás e não esconde o orgulho de fazer parte desse momento histórico no partido, a eleição da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) como a primeira mulher presidenta do PT Nacional.

As três mulheres presidentas do PT: Gleisi Hoffmann (Nacional), Adriana Accorsi (Goiânia) e Kátia Maria (Goiás)

“É uma honra para nós e gratificante saber que essa primeira experiência no estado será conjugada também com a primeira experiência nacional”. Kátia quer manter um relacionamento estreito com Gleisi, pois sabe que “juntas vamos poder fazer muito mais por Goiás e pelo Brasil”.

A nova presidenta do PT-GO sabe do desafio de preparar o partido para ser um contraponto ao governo local. “Estamos em um estado extremamente conservador, de muitos anos do PSDB e aliados governando com uma política antidemocrática, que criminaliza movimentos sociais, com alto índice de extermínio da nossa juventude e também um alto índice de violência doméstica”, disse.

Prioridade em Goiás é eleger Lula presidente

Porém, apesar dos desafios regionais, o Partido dos Trabalhadores de Goiás não esquece as pautas nacionais. Tanto que tirou como prioridade no 6º Congresso Estadual do PT a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Então, qualquer movimentação que façamos aqui, com toda certeza passará primeiramente por aqueles que forem aliados do presidente Lula e do projeto do PT em nível nacional”, explicou.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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