Debate RBS: Raul mostra que Porto Alegre vai voltar ao protagonismo

Em debate, candidato do PT afirmou que vai recuperar o papel de destaque da capital gaúcha, hoje abandonada pela atual administração em todas as áreas

Com Raul Pont, Porto Alegre (RS) vai recuperar o protagonismo que já teve quando o PT estava à frente da prefeitura. No debate da RBS nesta quinta-feira (29), o último antes do primeiro turno das eleições, Raul lembrou que a atual gestão de José Fortunati (PDT) e do vice-prefeito e candidato Sebastião Melo (PMDB) abandonou a cidade em todas as áreas.”Nós precisamos de ação e protagonismo e não essa passividade que há hoje em Porto Alegre”, disse ele.

Raul já foi prefeito e por isso, sabe o que pode fazer pela cidade. “Temos experiência, acumulamos isso como vice-prefeito e prefeito em Porto Alegre”, disse ele. A atual gestão justifica falhas com a falta de recursos mas, como Raul apontou, tem o quadro de funcionários inchado com excesso de cargos de confiança e funcionários.

Além disso, não atua junto ao governo estadual para garantir uma parcela justa do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e por isso, a parcela destinada à capital caiu de 13,9% para 9,2%.

“Nós precisamos de ação e protagonismo e não essa passividade que há hoje em Porto Alegre”

Falta protagonismo também na segurança, afirmou Raul. Enquanto o Rio Grande do Sul sofre com a explosão de violência, a atual prefeitura não incide sobre o governo estadual para melhorar o policiamento nas ruas.

“Não há uma incidência direta por parte tua ou do Fortunati de que o policiamento melhore”, afirmou Raul. E com a justificativa de “falta de recursos”, o atual prefeito deixou de contratar 260 guardas municipais – algo que Raul vai fazer.

Orçamento participativo

Outra prioridade de Raul Pont será a realização das obras definidas pelo orçamento participativo. Grande marca das gestões do PT na cidade, o mecanismo de participação popular foi esvaziado e projetos escolhidos pela população não são concluídos pelo poder público, como a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Parthenon, aprovada no OP há cinco anos, com terreno disponível, mas sem as obras até hoje. “A prioridade que temos que garantir é cumprir o que a população exige no Orçamento Participativo”, disse Raul.

Experiência

Em todas as áreas, Raul mostrou que Porto Alegre já foi melhor nos tempos que o PT comandou a cidade. No transporte, por exemplo, ele citou a qualidade da frota, com ônibus com ar condicionado, por exemplo, algo que se perdeu. Além disso, hoje a cidade tem a terceira tarifa de ônibus mais cara. Para Raul, isso ocorreu por conta da desregulamentação do setor. “A prefeitura abriu mão do controle”,  diz. Segundo o candidato, esse controle foi transferido para a mão dos empresários do setor privado.

O PT, quando saiu da prefeitura, deixou todo um planejamento para que as próximas gestões pudessem implantar os BRTs (bus rapid transport). Até hoje, essas obras não foram concluídas. “O projeto foi abandonado”, disse ele.

Já o Demhab (Departamento Municipal de Habitação) também já teve atuação protagonista, mas isso ficou no passado. “O Demhab perdeu 30% do seu quadro funcional”, afirmou o candidato. Na época do PT, o órgão atuava na regularização fundiária, e transformou edifícios abandonados no centro histórico da cidade em moradias regularizadas. Hoje, afirma Raul, o departamento se tornou “despachante do Minha Casa, Minha Vida”, pois não realiza obras próprias, apenas do programa do governo federal. “As casas do programa eleitoral do Melo deveriam aparecer com a explicação que são do Minha Casa, Minha Vida”, afirmou o candidato.

Resistência

Como vem afirmando durante toda a campanha eleitoral, o candidato do PT fará de Porto Alegre um ponto de resistência ao golpe e ao retrocesso do governo de Michel Temer (PMDB). “Estamos vivendo uma situação muito particular de perdas de direitos e conquistas históricas dos trabalhadores e do povo como o congelamentos dos recursos para a educação e para a saúde”, afirmou Raul.

Raul destacou a importância de resistir contra a aprovação da PEC 241, que limitam os gastos com saúde e educação. O candidato do PSDB, Nelson Machezan, votou pela admissibilidade dessa medida como deputado federal. “O município já gasta 18% em saúde, nós vamos ter que garantir a não aprovação disso”, disse Raul.

O candidato petista terminou o debate afirmando que sua candidatura, que tem Silvana Conti (PCdoB) como vice é a que representa a verdadeira mudança para a cidade, que hoje está mal administrada. “Não é possível pensar as mudanças com as mesmas políticas, as mesmas coligações”, afirmou ele.

Da Redação da Agência PT de Notícias

 

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