Defesa da Constituição é defesa de direitos, afirmam advogados na Vigília

Advogados Clair da Flora Martins e Cláudio Ribeiro falaram aos militantes sobre a defesa da Constituição para combater os ataques aos direitos sociais

Antonio Fornaziero

Advogados Clair Flora Martins e Cláudio Ribeiro na Vigília Lula Livre

Para os advogados Clair Flora Martins e Cláudio Ribeiro, a defesa da Constituição é a melhor estratégia para combater os ataques aos direitos dos trabalhadores, como acena o governo eleito. “Eles vão partir no rumo de revogar na prática tudo o que conquistamos a partir de 1988”, disse Ribeiro, que defendeu construir a resistência a partir da base social. Os advogados participaram de uma roda de conversa sobre os desafios da atualidade na manhã desta terça-feira, na Vigília Lula Livre.

Clair Martins citou o artigo 3º da Constituição como um exemplo do que deve ser defendido pela classe trabalhadora, nesse momento em que a correlação de forças é desfavorável.

O artigo trata dos objetivos fundamentais da República, que são: construir uma sociedade livre, justa e solidária;  garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,  idade ou qualquer outra forma de discriminação.

“Nós temos que estabelecer uma frente na defesa dos direitos previstos na Constituição Federal”, disse Clair, militante petista, ex-vereadora em Curitiba e ex-deputada federal pelo Paraná. Ela fez uma análise de conjuntura que contemplou os aspectos econômicos, sociais e políticos do momento.

A sociedade brasileira está dividida, como demonstra o resultado das eleições deste ano, apontou Clair. “Parte quer lutar por um Estado de bem estar social, quer um Brasil mais justo e soberano. Outra parte entende quer outro caminho, privatizar tudo, acabar com os direitos dos índios e os direitos humanos”, analisou. O desafio dos progressistas é apresentar alternativas a cada proposta dos reacionários.

O modelo econômico e social do governo que toma posse ano que vem não vai funcionar e o País precisará de alternativas. “Temos que passar por cima de nossas diferenças e nos concentrar no que nos une”, afirmou Clair.

Por Luis Lomba, de Curitiba para a Agência PT de notícias

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