Demissões nos Correios serão debatidas na CDH do Senado

Decisão dos Correios de demitir mais de 5 mil funcionários e fechar mais de 500 agências será debatida na Comissão de Direitos Humanos do Senado

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Mais de 5 mil agências dos Correios poderão ser fechadas

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realiza, nesta quinta-feira (17), audiência pública para debater a decisão tomada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), sem qualquer tipo de negociação com os trabalhadores e trabalhadoras, de fechar mais de 500 agências em todo o Brasil e demitir 5,3 mil funcionários. A presidente da comissão, senadora Regina Sousa (PT-PI).

A audiência, requisitada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), tem início previsto para às 9 horas e será realizada no Plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT), convoca os interessados no tema a participar da audiência. Para a direção da entidade, além de representatividade, é preciso mostrar a força da categoria no Congresso Nacional.

O assunto é de extrema relevância e preocupação para os trabalhadores e trabalhadoras e, para barrar esse retrocesso na estatal, a luta é imprescindível, diz nota publicada no site da FENTECT.

Ainda segundo a nota, a população também precisa estar ciente dos riscos e dos problemas que surgirão com o sucateamento e o fechamento de agências.

A nota segue afirmando que “além da arbitrariedade contra os próprios empregados, a ECT coloca em risco o direito de todo cidadão brasileiro ao acesso à comunicação com segurança e qualidade. Deixa o atendimento defasado e as entregas cada vez mais atrasadas, já que a decisão reduz o quadro de trabalhadores e sobrecarrega os que continuarão, entre outros graves problemas”.

Para a direção da FENTECT, esta audiência será, ainda, a oportunidade de denunciar a política de sucateamento que a direção dos Correios está promovendo. Segundo eles, os estudos lançados para esse fim ressaltam a ideia da terceirização, a venda da estatal e, consequentemente, a privatização de todas as atividades dos Correios.

A entidade encerra a nota dizendo que é necessária a união de todos os cidadãos brasileiros, carteiros, atendentes e administrativos contra as retiradas de direitos. Afinal, trata-se de um patrimônio nacional, um direito garantido na Constituição.

Àqueles que precisam dos serviços da estatal em vários cantos do país, inclusive os mais afastados, essa é a hora de fazer parte dessa luta. Aos trabalhadores, é apenas do começo da batalha, que vai se refletir também na campanha salarial. A categoria deve estar atenta e forte, sem medo, para que a empresa de Correios seja mantida pública e de qualidade, com empregos e garantias a todos os trabalhadores.

Da CUT

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