Desemprego volta a aumentar e já atinge 13,1 milhões de pessoas

“Essa é mais uma prova de que a Lei Trabalhista era uma desculpa para os empresários precarizarem as condições de trabalho”, diz Vagner Freitas

Pedro Ventura/Agência Brasília

A taxa de desemprego voltou a subir com o governo golpista de Temer. Entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, o desemprego no Brasil chegou a 12,6% , um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, e passou a atingir 13,1 milhões de pessoas. Nesse período, o mercado fechou 858 mil postos de trabalho, enquanto 307 mil pessoas deixaram de procurar uma vaga.

O número de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada se manteve estável e o número de empregados informais caiu em relação ao trimestre anterior. Os dados são da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mensal contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (29).

De novembro para fevereiro, o número de empregados com carteira (33,126 milhões) ficou estável (-0,3%), enquanto o de sem carteira (10,761 milhões) caiu 3,6%. O de trabalhadores por conta própria também permaneceu estável (0,4%) – são 23,135 milhões.

Entre os setores que contratam com carteira assinada, todos fecharam vagas no trimestre encerrado em fevereiro. A indústria eliminou 244 mil vagas (-2%) e a construção, 277 mil (-4%). Foram fechados ainda 435 mil postos de trabalho (-2,7%) na área que compreende administração pública, defesa, saúde, seguridade social e educação pública.

Na comparação com fevereiro do ano passado (13,2%), a taxa está menor, e o país registra menos desempregados (426 mil), mas por causa do aumento da informalidade. Em 12 meses, o país criou 1,745 milhão de vagas, mas perdeu 611 mil empregados com carteira assinada no setor privado (-1,8%), no menor nível da série histórica, iniciada em 2012. E tem mais 511 mil trabalhadores sem carteira, além de 977 mil por conta própria.

 Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, “essa é mais uma prova de que a Lei Trabalhista de Temer, aprovada com a promessa de que seria a grande solução para recuperar o mercado de trabalho e aquecer a economia, era uma desculpa para dar legalidade jurídica aos empresários que queriam ter segurança para precarizar as condições de trabalho e lucrar mais, como a CUT denunciou durante a tramitação da reforma”.

Para Vagner, a reforma sempre teve o objetivo de acabar com o emprego e com os direitos, como férias e 13º salário. Esse desemprego é parte da estratégia do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) para reduzir salários e direitos.

“Os novos empregos que surgem são precários, informais, com perda de renda e direitos. Saímos de um período de pleno emprego para uma fase de desemprego estrutural com o golpista Temer, como mostra o próprio IBGE, um órgão do governo Federal”.

Da redação da Agência PT de Notícias, com informações da RBA e da CUT

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