Destruir a Petrobras só interessa aos concorrentes, diz Aldo Rebelo

Em São Paulo, ministro defendeu investigação em denúncias de corrupção na estatal

Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, destruir a Petrobras só interessa aos concorrentes estrangeiros. A afirmação foi feita por Rebelo nesta segunda-feira (23), durante uma aula inaugural proferida por ele ao curso de Engenharia e Inovação no Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), criado pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.

“Queremos que toda a corrupção seja investigada e punida, mas não queremos que a história de grandes empresas seja confundida com o crime cometido por alguns diretores”, afirmou.

“A Petrobras pertence ao país e não a meia dúzia de dirigentes. Ela é um patrimônio nacional que tem que ser protegido para o interesse e para o desenvolvimento do país. Destruí-la só interessa aos nossos concorrentes estrangeiros”, completou.

Durante a aula inaugural, o ministro avaliou ainda que o pessimismo de alguns setores da sociedade está “em descompasso com a realidade”. Rebelo lembrou do sucesso brasileiro com a realização do Copa do Mundo de 2014. O evento foi bem avaliado por jornalistas e turistas de todo o planeta que visitaram o Brasil na época dos jogos.

“Quando os pessimistas diziam que não iríamos conseguir sediar a Copa, eu dizia que íamos conseguir, porque já fizemos coisas mais difíceis, como construir a sétima economia do mundo na periferia do capitalismo. Ninguém nos deu isso, nós construímos”, analisou.

Desafios – Durante a aula inaugural o ministro destacou ainda a necessidade de melhorar a competitividade do Brasil por meio da inovação em gestão, marketing, logística e tecnologia. Rebelo destacou também que, entre 2003 e 2013, o Brasil criou 20 milhões de novos empregos – enquanto isso, a Europa teve uma perda de 60 milhões de postos de trabalho.

De acordo com o ministro, os empregos criados, em sua maioria, contam com remuneração de até dois salários mínimos. A dificuldade, segundo ele, foi a perda de empregos com remuneração superior a essa, no mesmo período.

“O principal desafio é manter o Brasil entre as dez economias do mundo, sem nos apoiarmos tanto na agricultura e na indústria mineral”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Rede Brasil Atual

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