Dilma culpa ‘ação irresponsável’ de empresas por desastre em Minas

A presidenta disse que o governo brasileiro está reagindo para reduzir os danos às populações atingidas e ao meio ambiente 

Paris - França, 30/11/2015. Presidenta Dilma Rousseff posa para foto oficial durante 21º Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima – COP21. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Ao discursar na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP-21), nesta segunda-feira (30), a presidenta Dilma Rousseff culpou as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton pelo desastre ambiental que comprometeu a vida do Rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo.

Para Dilma, a tragédia foi causada pela ação “irresponsável das empresas”, que provocaram o maior desastre ambiental no Brasil.

A presidenta ressaltou, no entanto, que o governo brasileiro está “reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia”.

No mundo – A presidenta Dilma defendeu que o acordo contra o aquecimento global, que será assinado na conferência, tenha força legal e seja transformado em lei, a ser cumprida dentro de cada país que assinar o documento.

Os Estados Unidos, no entanto, defendem um acordo que não precise passar pelo Congresso e ser transformado em lei dentro de cada país.

“Nosso acordo não pode ser apenas a simples soma das melhores intenções de todos”, ressaltou a chefe de Estado brasileira.

Dilma defendeu também que as promessas de cada país sejam revisadas de cinco em cinco anos. Para ela, isso seria necessário para que o corte de emissões permita ao planeta evitar o acréscimo de 2°C na temperatura global em relação ao normal.

A presidenta afirmou ainda que o desmatamento na Amazônia caiu cerca de 80% e que o país implementou a agricultura de baixo carbono. E ressaltou a meta de reduzir a as emissões de gases que intensificam o efeito estufa em 43% até 2030.

Dilma disse ainda que o Brasil tem um desafio e um compromisso de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, além de prometer o investimento e o maior uso do País de energias renováveis.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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