Dilma, segundo mandato: estabilidade com investimento

Em discurso no Congresso, Dilma lembrou inflação sob controle e diminuição da dívida

No discurso de Compromisso Constitucional, no Congresso Nacional, na quinta-feira (2), a presidenta Dilma Rousseff fez um balanço do desempenho da economia brasileira durante o primeiro mandato e foi além: anunciou medidas práticas que vão nortear o início do segundo mantado.

“Mais que ninguém sei que o Brasil precisa voltar a crescer. Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia”, disse. Apesar das preocupações que a economia traz, Dilma lembrou que o País tem o que comemorar.

A presidenta lembrou que o Brasil é, hoje, a sétima economia do mundo, o segundo maior produtor e exportador agrícola, o quinto em atração de investimento e o sétimo em acúmulo de reservas. Ainda assim, Dilma afirmou que a política econômica precisa de ajustes para criar um ambiente ainda mais favorável aos negócios.

A primeira medida anunciada nesse sentido é um projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional. A ideia é criar um mecanismo de transição entre as categorias do Simples aos demais regimes tributários. O objetivo é acabar com o abismo tributário e criar um “efeito de rampa”, ou seja, gradativo, para que os empresários não tenham mais medo do crescimento dos investimentos.

Depois da aplicação de R$ 1,6 trilhão pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas duas primeiras edições, será lançado o PAC 3, com a implantação de uma carteira de investimentos em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento público e, sobretudo, parcerias privadas.

“Vamos aprimorar os modelos de regulação do mercado, garantir que o mercado privado de crédito de longo prazo, por exemplo, se expanda”, garantiu.

Por Tiago Falqueiro, da Agência PT de Notícias

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