Dilma vistoria Porto Seco de Anápolis e vislumbra desenvolvimento da região

Para a presidenta, construção da ferrovia está tornando o Brasil mais competitivo

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Trabalhadoras da ferrovia recepcionam a presidenta Dilma na vistoria ao entrocamento que está sendo feito em Goiás

 

A presidenta Dilma Rousseff vistoriou, nesta terça-feira (12), o trecho da Ferrovia Norte-Sul que já está em operação e o Porto Seco de Anápolis (GO).

“Aqui nessa região, acho que isso representa um momento de grande prosperidade. Estamos aqui num dos pontos com grande produção de grãos e minérios, mas também um ponto central do Brasil, de tráfego de mercadorias, commodities e combustíveis, que também trafegarão por essa ferrovia”, aposta Dilma.

Segundo Dilma, o Porto Seco vai representar uma das alternativas para que produtos feitos na Zona Franca de Manaus, por exemplo, viagem em direção ao Sul do País, por meio de várias integrações que serão feitas no caminho.

“O Brasil está dando um passo significativo na construção de uma infraestrutura ferroviária. Estamos resolvendo agora este problema para transportar toda a carga, diminuir a presença nas estradas e diminuir a emissão de gases de efeito estufa, melhorando também o meio ambiente. Estamos nos tornando mais competitivos”, comemora a presidenta.

A presidenta aposta que o Porto Seco, uma vez finalizadas todas as obras em ferrovias, se tornará um dos maiores centros de integração multimodal do País, reunindo entroncamentos das ferrovias Norte-Sul e Centro-Atlântico e representando uma alternativa que une especialmente os modais ferroviário e rodoviário.

A integração do trecho Anápolis (GO) – Porto Nacional (TO) com o trecho Palmas (TO) – Açailândia (MA) totaliza 1.547km de linha férrea já em operação entre Goiás e Maranhão. Completa, a ferrovia Norte-Sul terá mais de 4 mil km de linhas que atravessam os estados do Maranhão, Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

Desburocratização – O próximo passo para o funcionamento desses trechos já concluídos é a execução de medidas determinadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que vão viabilizar os testes operacionais. “Saímos do modelo exclusivamente rodoviário para os diversos modais: ferrovia, hidrovia e todo o sistema de portos, tanto marítimo quanto seco. Esses dois mecanismos de portos tem um objetivo: desburocratizar o Brasil”, destaca a presidenta.

Segundo Dilma, essa desburocratização acontece porque a alfândega será realizada perto de onde está a carga, sem desvios. Dilma aposta que a ferrovia Norte-Sul será uma das grandes realizações em infraestrutura, porque funciona como se fosse uma espinha de peixe: faz a integração do meio do País e depois, por rios, rodovias e outros modais que integram todo o sistema de transporte brasileiro.

Em um País continental como o Brasil, as ferrovias possibilitam movimentar mercadorias e bens de forma mais eficiente e com redução de custo logístico, o que aumenta a competitividade dos setores produtivos e impulsiona também o comércio exterior, com capacidade inclusive para reduzir custos de frete dentro do próprio País.

 

Obras – Além dos 1.053 km de ferrovias já entregues por Dilma, há outros 2.545 km de obras em andamento, como os 682 km de extensão da própria Norte-Sul que estão com 62% das obras realizadas. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) está com 46% realizados entre Ilhéus (BA) e Caetité (BA). A malha ferroviária brasileira atingiu, em 2013, cerca de 28 mil km.

A ampliação da malha dos últimos anos também impactou a indústria ferroviária. Os investimentos das concessionárias em material rodante, trilhos e componentes de sistemas de controle de tráfego têm mantido crescimento constante.

As encomendas de vagões levaram a indústria nacional a aumentar fortemente seu índice de ocupação. Só em 2013, foram produzidos três mil vagões nacionais e 100 locomotivas, aumento de quase dez vezes em relação a 2006, quando a produção começou a ser medida.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias

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