Eduardo Bolsonaro diz que basta um soldado e um cabo para fechar STF

Em vídeo, filho do candidato Jair Bolsonaro debocha e afirma que, caso candidatura do pai seja impugnada, ministros “teriam de pagar pra ver o que acontece”

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Eduardo Bolsonaro

conhecido por declarações, no mínimo surreais, Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do candidato Jair Bolsonaro, afirmou em vídeo que se o Supremo Tribunal Federal (STF) impugnar a candidatura do pai “vai ter que pagar pra ver o que acontece. Será que eles vão ter essa força mesmo? Se quiser fechar o STF você não manda nem um jipe, manda um soldado e um cabo”.

A alegação ameaçadora e desrespeitosa foi feita durante palestra dada por Eduardo, pouco antes do primeiro turno, em resposta a um questionamento de uma pessoa da platéia, que perguntou qual seria a reação do Exército caso o candidato radical tivesse a candidatura impugnada. “Não é querendo desmerecer o soldado e o cabo. O que que é o STF? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que que ele é na rua?”, reafirmou.

No vídeo, o deputado também despreza nominalmente o ministro Gilmar Mendes em tom de deboche ele fala: “Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação popular em favor dos ministros do STF? Milhões na rua ‘solta o Gilmar, solta o Gilmar’, com todo o respeito que tenho pelo ministro Gilmar Mendes, que goza de imensa credibilidade junto aos senhores”.

Em junho desse ano, o deputado já havia questionado o Supremo Tribunal Federal e feito declarações arrogantes como “Alguém precisa parar o STF” e “Enquanto os brasileiros curtem a copa o STF arregaça com o Brasil”, acerca da anulação de busca no apartamento da presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que na época era acusada de um crime sem provas, ao qual foi absolvida por unanimidade.

A família Bolsonaro parece desprezar as consequências de seus pronunciamentos. O pai, Jair, faz questão de realizar diversas declarações hostis sobre os direitos do povo e das minorias e até mesmo incitações de violência, assim como o filho que não se preocupa em fazer ameaças.

Assista o vídeo na íntegra

Da Redação da Agência PT de Notícias

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