Elite usa discurso do caos quando não ganha no voto, diz Paulo Rocha

Para o senador, a tática é sempre utilizada quando o Brasil começa a processar mudanças importantes, como o de inclusão social e de quebra de acumulação de riqueza nas mãos de poucos

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Sempre que os setores populares conquistam o direito de governar o País no voto, a oposição usa o discurso do caos para tentar justificar um golpe de Estado. A opinião do senador Paulo Rocha (PT-PA) encontra reflexo em momentos distintos da política brasileira, como o que deu origem à ditadura militar, em 1964. Assim como naquele período, o discurso golpista que tenta solapar o mandato da presidenta Dilma também encontra eco em diversos meios de comunicação brasileiros.

“Esse discurso é articulado com parte da grande imprensa, que faz disso propaganda para estabelecer essa situação de caos e de desgoverno como tenta a oposição pregar no nosso País”, afirmou Paulo Rocha, nesta quinta-feira (8), da tribuna do Senado.

A “velha tática da elite brasileira”, rememora o petista, é utilizada sempre que o Brasil começa a processar mudanças importantes, como o de inclusão social e de quebra de acumulação de riqueza nas mãos de poucos. “Quando não ganha na democracia, quando não ganha no debate com o povo, a elite usa esse discurso do caos”, acusou o parlamentar.

Sob qualquer parâmetro de comparação entre governos, as gestões petistas superam as tucanas, destacou Rocha, sejam em relação aos juros, à inflação, ao desemprego, ao desenvolvimento ou nas políticas de inclusão social.

Os senadores Donizeti Nogueira (PT-TO) e Telmário Mota (PDT-RR), em apartes ao colega do PT, afirmaram que atual crise é política, não econômica. Dados apresentados por Donizeti, por exemplo, mostram que o Brasil tem uma situação muito mais confortável atualmente do que durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O PIB brasileiro, por exemplo, era de R$ 1,75 trilhão, enquanto a dívida era de R$ 1,4 trilhão, há 13 anos. Agora, o PIB é de R$ 5,52 trilhões contra uma dívida de R$ 2,85 trilhões.

Paulo Rocha expressou ceticismo em relação ao pronunciamento do líder tucano no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), que também nesta quinta-feira fez uma pregação pela “paz, calma e tranquilidade”. O senador petista ressaltou que, na contramão das palavras, as ações do PSDB, desde a derrota nas eleições presidenciais de 2014, vêm sendo de incentivo ao ódio contra o PT.

“Foi assim na fala do candidato [senador Aécio Neves] que disse ter perdido para uma ‘organização criminosa’. Foi assim em todas as acusações ao Partido dos Trabalhadores, chamada de ‘legenda de ladrões’, ‘corruptos’. Foi assim no enterro do ex-presidente do nosso partido, onde panfletos afirmavam que ‘petista bom é petista morto”, enumerou Paulo Rocha, referindo-se ao lamentável ataque ao velório do ex-senador José Eduardo Dutra, na última segunda-feira.

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