Em logo do governo golpista, Temer usa bandeira da ditadura

Por gafe ou ato falho, equipe de Michel Temer divulga logo da gestão excluindo 5 unidades federativas da Bandeira do Brasil

O regime militar (1964-1988) parecer ser uma inspiração para o presidente golpista Michel Temer, e não é somente no caminho utilizado por ele para chegar ao poder.

Após derrubar de maneira ilegítima a presidenta eleita Dilma Rousseff, o presidente golpista exibiu o logotipo de seu governo: no centro, a bandeira do Brasil, com 22 estrelas. Esta é a mesma versão usada a partir de 1946 até 1968, incluindo o período da ditadura civil-militar. A bandeira vigente no país tem 27 estrelas, representando todas as unidades federativas.

No governo do retrocesso de Temer, não existem o Acre (inserido na bandeira em 68), Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins (inseridos em 92). O criador da marca foi o publicitário Elsinho Mouco. No entanto, teria sido o filho de Temer, 7 anos, quem escolheu a versão final. Nas redes sociais, internautas criticaram a ênfase na expressão Ordem e Progresso. Isto porque o governo golpista destaca o lema da bandeira nacional. De inspiração positivista, a frase foi elaborada pelo francês Augusto Comte e remete à formação da República no Brasil. Mas, também lembra os tempos de autoritarismo, pois foi um dos motes da ditadura.

Ao site “Brasil 247”, o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), Igor Fuser, comentou justamente este aspecto: “Em nome da ordem se torturou, se assassinou, fecharam sindicatos, se impôs a censura, reprimiram estudantes”, afirmou.

Depois de divulgada, imediatamente a arte de Temer foi motivo de piadas e de críticas na Internet. Houve quem afirmasse que o logotipo é uma versão requentada das marcas usadas pela Rede Globo nos anos 1960.

Surgiram também as paródias, por exemplo, com a grávida de Taubaté. Sua grande barriga seria a bola da bandeira:

Grávida de Taubaté (Reprodução)

Grávida de Taubaté (Reprodução)

 com Fofão:

fofão
E com emoticons:

emoticon

Da Redação da Agência PT de Notícias

 

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