Esquenta da Greve Geral mobiliza trabalhadores para 30 de junho

Atos e panfletagens foram realizados por todo o Brasil, informando e convocando trabalhadores a paralisar no dia 20 contra os desmontes de Temer

Paulo Pinto/Agência PT

Esquenta da Greve Geral em São Paulo terminou com ato na Praça da Sé

Enquanto a reforma da previdência sofria uma derrota no Senado, ao longo desta terça-feira (20), foram realizados por todo o país atos e atividades com panfletagem como parte da construção da grande greve do dia 30 de junho, que deve parar o Brasil contra as reformas golpistas da Previdência e trabalhista, além de exigir o Fora Temer e Diretas Já.

Em São Paulo, foi realizada panfletagem em várias estações do sistema de transporte público, convocando a população para a paralisação. O presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalves, participou da ação para convocar a população.

“Estamos aqui para fazer um alerta ao povo para a Greve Geral do dia 30 de junho. O governo insiste nessas reformas, impondo ao trabalhador essas reformas injustas e cruéis que só retiram direitos, promovem um verdadeiro retrocesso e só prejudicam a classe trabalhadora”, afirmou.

#EsquentaGreveGeral"A CTB não sairá das ruas contra as reformas", avisa o presidente da CTB, Adilson Araújo ???

Publicado por CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Terça, 20 de junho de 2017

Na capital paulista também ocorreu uma caminhada na região central no período da manhã e, para finalizar o dia, um ato na Praça da Sé a partir das 17 horas, que mesmo com frio e chuva reuniu militantes, trabalhadores, trabalhadoras e líderes de diversas entidades.

Ato na Praça da Sé ocorreu sob chuva e frio

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, destacou que o dia foi extraordinário e cumpriu seu objetivo. “Vai entrar para a história como o dia do esquenta que preparou a maior greve geral do país. Nós estamos convocando a classe trabalhadora brasileira para no dia 30 não ir trabalhar e ocupar as ruas, as praças, em protesto contra a reforma da previdência e trabalhista, que na verdade não são reformas, mas um desmonte de todo o sistema de proteção social brasileiro.”

A secretária de políticas sociais da central, Jandira Uehara, destacou que ocorreu uma vitória na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

“É uma pequena vitória nesse processo todo de ataque à classe trabalhadora e ao povo brasileiro, mas é uma vitória muito significativa, pois demonstra que é possível derrotar essas reformas no campo do Temer, ou seja, no Senado”, afirmou.

“É possível com muita pressão sobre os parlamentares da base governista, mostrando que não vamos aceitar a retirada de direitos e esse desrespeito à classe trabalhadora”, prosseguiu.

Ela acrescentou que é fundamental realizar assembleias em todos os sindicatos e dialogar com as categorias sobre a importância da greve geral para derrotar as reformas.

Para o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, está se construindo um mês de mobilização ao longo de junho, que culmina no dia 30. “Hoje aconteceram assembleia em diversas categorias, panfletagem em vários pontos da cidade de São Paulo, do interior de São Paulo. É essa mobilização que estamos construindo para que na próxima semana a gente continue a pressionar os deputados e senadores para votar contra as reformas propostas pelo governo, que tem caráter de retirar direitos dos trabalhadores.”

Com relação à derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais no Senado, Izo avaliou que “é uma vitória importante, que reforça mais uma vez a nossa mobilização e dá motivação para que nós continuemos a nossa luta, para fazer a greve geral no dia 30”.

Luiz Marinho (PT-SP) se dirige ao público na Praça da Sé

O presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, afirmou que o partido está ao lado dos trabalhadores na construção da Greve Geral.

“Com os riscos que nós estamos correndo de ver ir por água abaixo conquistas históricas, conquistadas com muita luta, com a luta da Constituinte, das greves, dos movimentos sociais e para defender os direitos, estamos apoiando todas as iniciativas dos trabalhadores na construção da nova Greve Geral, que promete ser mais forte do que a última do dia 28 de abril.”

Cátia Aparecida dos Santos, auxiliar de enfermagem e dirigente do Sindisaude-SP, destacou que todos os paulistas deveriam estar na praça da Sé.

“O pouco que conquistamos até hoje esse governo golpista está querendo nos tirar. Então, neste momento, gostaria de fazer um chamado a todos os paulistas e brasileiros que no dia 30 venham se mobilizar, venham se juntar a nós em manifesto contra essas reformas, porque nossos direitos estão sendo tirados.”

Manifestantes exigem Diretas Já

Panfletagem pelo Brasil

Em Salvador, a CTB Bahia se uniu às demais centrais sindicais e a Frente Brasil Popular para realizar panfletagens em diversas regiões da cidade, convocando a população a aderir ao movimento.

O dirigente da CTB Bahia, Aurino Pedreira, avaliou que momento é decisivo. “O governo Temer e o Congresso não têm legitimidade para continuar aprovando medidas que retiram direitos da população, mas é exatamente o que estão fazendo.”

“Enquanto a mídia mantém o foco nos casos de corrupção do governo, que são muitos, o Congresso continua tocando as reformas trabalhista e previdenciária como se nada estivesse acontecendo. Isto é um absurdo e temos que mudar a situação”, afirmou.

A CUT realizou atividades de panfletagem em diversas cidades, como Fortaleza (CE) Manaus (AM), João Pessoa (PB), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Recife (PE), Boa Vista (RR), São Luís (MA), Natal (RN) e Porto Alegre (RS).

Também houve mobilização em Belo Horizonte (MG), com atividades de diálogo com a população na Praça Sete, nas estações de metrô e terminais de ônibus. Em Florianópolis (SC), além da panfletagem, também ocorreu um ato cultural em frente a Catedral Metropolitana.

Da Redação da Agência PT de Notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast