Goiânia: com BRT e ciclovias, prefeito investe em mobilidade

Quando assumiu a prefeitura, o petista Paulo Garcia priorizou o transporte coletivo, criando corredores preferenciais para ônibus, BRT e 100 km de ciclovias

Foto: Lula Marques/AgênciaPT

A rotina do goiano Victor Farias, 37 anos, mudou este ano. Agora, duas vezes na semana, ele deixa o carro e os engarrafamentos para trás e vai de bicicleta ao trabalho.

“Com as ciclovias aqui em Goiânia, passei a usar a bike para ir ao trabalho, porque há uma diferença grande entre você andar na ciclovia e andar na rua competindo com os carros. Agora está bem mais seguro”, avalia o funcionário da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás.

Até 2012, Goiânia (GO) possuía apenas 1,5 km de ciclovia, restrita a um parque da cidade. Com a gestão do prefeito Paulo Garcia (PT), já foram construídas 44,6 km e até o final do ano serão um total de 100 km de malha cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas.

Victor Faria não é o único em Goiânia a usar a bicicleta para ir trabalhar. Em outra ciclovia pela cidade, próxima à Praça Cívica, no centro, Lúcio José Miguel também usa as ciclovias todos os dias para ir ao trabalho.

“Vou ao trabalho de bicicleta desde 2009, quando ainda nem tinha ciclovia na cidade. Agora, com as ciclovias, facilitou meu deslocamento e está bem mais seguro também. Melhorou bastante”, comemora.

Com a iniciativa do prefeito petista, a mobilidade por bicicleta passou a ser uma realidade em Goiânia, incentivando, inclusive, o surgimento de vários grupos de pedais pela cidade.

Domingos Sávio Afonso Foto: Lula Marques/Agência PT

Domingos Sávio Afonso, diretor técnico da CMTC da prefeitura de Goiânia Foto: Lula Marques/Agência PT

“A semente que foi plantada com a construção das ciclovias pela prefeitura foi assimilada pela população. É visível o aumento do número de ciclistas hoje em Goiânia. Aliado ai isso, surgiram vários pedais noturnos pela cidade”, destaca o diretor técnico da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) da prefeitura de Goiânia, Domingos Sávio Afonso.

Um desses pedais noturnos foi criado por Luiz Martins de Menezes Neto. Há dois anos, o Pedal Tamandaré promove um passeio de bike noturno todas as quartas, saindo da Praça Tamandaré. Atualmente, o pedal reúne em média 80 pessoas a cada passeio.

“Até pouco tempo atrás não tinha ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota. E hoje a gente está vendo. Já tem bastante”, elogia Luiz Martins.

Pedal Tamandaré Foto: Lula Marques/Agência PT

Pedal Tamandaré
Foto: Lula Marques/Agência PT

Transporte coletivo
Mas as ações da gestão Paulo Garcia na área de mobilidade não se resumem as ciclovias. O prefeito também investiu nos corredores preferenciais para ônibus e até o final do ano vai entregar à população o primeiro trecho do BRT Norte-Sul, a maior obra de mobilidade de Goiânia desde a década de 80.

O diretor técnico da CMTC, Domingos Sávio, explica que essas políticas não foram pensadas separadamente.

“Tudo começou com a implantação dos corredores preferenciais. Há décadas as políticas públicas urbanas foram voltadas para o automóvel. Priorizando a melhoria do transporte coletivo, o prefeito Paulo Garcia implantou os corredores preferenciais de ônibus e a partir daí enxergou que era o momento ideal de prover a cidade desse sistema cicloviário”, conta.

BRT Norte-Sul de Goiânia será entregue até o final do ano Foto: Lula Marques/Agência PT

BRT Norte-Sul de Goiânia será entregue até o final do ano
Foto: Lula Marques/Agência PT

Domingos Sávio explica que a implantação dos corredores preferenciais só foi possível “em função da grande ajuda que o governo federal, na gestão da presidenta Dilma, promoveu em Goiânia”.

“O BRT é um exemplo disso. Tem financiamento do governo federal. E os nossos corredores preferenciais tiveram R$ 155 milhões que a presidenta Dilma destinou para Goiânia”, ressalta.

O coordenador da unidade executora do BRT de Goiânia, Ubirajara Abbud, concorda com Sávio. “Quando o prefeito Paulo Garcia assumiu, ele imediatamente fez a sua opção pelo transporte coletivo e pelo BRT”, afirma.

Com 21,8 km de extensão, o BRT vai atender 148 bairros da capital goiana e também da cidade de Aparecida, beneficiando cerca de 120 mil usuários do transporte público por dia.

“Agora, beneficiários indiretos, são calculados em aproximadamente 500 mil pessoas”, completa Ubirajara.

O primeiro trecho será entregue ainda este ano, com aproximadamente 11 km, com 12 estações de embarque e três terminais, beneficiando imediatamente 50 mil pessoas todos dos dias.

“Eu acho importante destacar que além de promover um maior equilíbrio da rede e de atender a regiões que ainda não são integradas totalmente, o BRT vai promover um salto de qualidade muito grande no transporte coletivo em Goiânia”, avalia.

Trecho do BRT de Goiânia Foto: Lula Marques/Agência PT

Trecho das obras do BRT de Goiânia
Foto: Lula Marques/Agência PT

O salto também será na qualidade de vida para a população que usa transporte coletivo em Goiânia, que passará menos tempo no trânsito. “Com o BRT, vamos aumentar a velocidade nesse corredor, que hoje é em torno de 14km/h para entre 28 e 30km/h. Já é um ganho muito grande”.

Mas nada disso seria possível sem o apoio do governo da presidenta Dilma Rousseff, garante Ubirajara.

“O valor total do BRT são R$ 340 milhões. Desses, R$ 210 milhões são abortes do governo federal, pelo Programa de Aceleração do Crescimento, Mobilidade Grandes Cidades. Sem esse programa, não teria sido possível fazer com a rapidez e com a urgência que a população esperava para dar início a esse trabalho”, enfatiza.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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