Goiânia: mais de R$ 600 milhões para a educação

“A prefeitura investe bastante na educação, é o que a gente mais precisa”, diz Jardelina Ribeiro, que tem filho na rede municipal; Em 2015 foram mais de R$ 600 milhões, quase um terço do orçamento

Foto: Prefeitura de Goiânia

A prefeitura de Goiânia (GO) iniciou o ano letivo na rede pública de ensino, nesta terça-feira (19), com o objetivo de universalizar a educação infantil. Para isso, o prefeito Paulo Garcia (PT) pretende inaugurar, ainda em 2016, cinco escolas e 12 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei).

“Estamos nos preparando para, até o final do ano, universalizar a educação infantil, ou seja, a pré-escola, que atende crianças de quatro e cinco anos. Teremos algumas unidades inauguradas este ano, permitindo atender a toda a demanda a partir de quatro anos de idade”, destaca a secretária de educação de Goiânia, Neyde Aparecida.

Neyde afirma que em 2016 a capital goiana terá ainda concurso ainda neste primeiro semestre para mais de 500 professores e 3 mil outros funcionários da área da educação.

O investimento vem crescendo no município. Em 2015, foram investidos mais de R$ 600 milhões no setor, o que representa 29,84% do orçamento anual. Em 2014, 26,21% do orçamento foi para a educação. Em ambos os casos, a gestão petista destinou percentuais acima dos 25% previstos pela Constituição Federal.

“Todos os municípios do Brasil têm passado por dificuldades orçamentárias, e aqui não é diferente. Mas ainda assim o prefeito tem priorizado a educação e feito grandes investimentos no setor”, avalia Neyde Aparecida.

Os R$ 600 milhões investidos em 2015 permitiram reformas em 19 unidades de ensino, além de ampliação de outras 19 escolas. Além disso, foram construídas mais quatro quadras de esportes e entregues uniformes completos e materiais didáticos a todos os 127 mil alunos da Educação Infantil, Fundamental, e da Educação de Jovens Adultos (EJA).

“O prefeito Paulo Garcia tem orientado para que nós organizemos a rede física, com construção de quadras, ampliação, reforma e manutenção das instituições, oferecimento de material didático e uniforme completo e a valorização dos profissionais de educação” conta a secretária.

Neyde Aparecida sublinha ainda o crescimento da Educação Infantil na rede pública. O incremento do número de vagas foi de mais de 500%, passando de 4,2 mil crianças atendidas em 2004 para 28,9 mil em 2015. Desta forma, o município já atende mais de 50% das crianças de zero a três anos. “A própria lei diz que teríamos até 2021 para atender 50%. E já alcançamos essa meta”, comemora.

Valorização do professor – Em 2015 veio ainda a a valorização dos profissionais da educação, os professores tiveram reajuste de 13,01%. “Isso significa que o salário dos professores da rede municipal de Goiânia é hoje 7,3% acima do piso nacional”, destaca a secretária da pasta. Já os técnicos administrativos que trabalham na educação contaram com um reajuste de 8,17% em 2015.

Para a pedagoga e professora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Orlando Alves Carneiro, Renata de Sousa Machado, o reajuste foi bem-vindo.

“Acho que o reajuste foi justo, porque a folha de pagamento é grande”, destaca a professora que entrou por concurso em 2011 e também é formada em fonoaudiologia. “Valorizou o professor e também muda a visão que a sociedade tem da escola pública”, afirma a professora, que já trabalhou em escolas privadas.

“Recebemos até tênis” – A vendedora Jardelina Alves Ribeiro, 36 anos, comprova esse avanço na prática. Mãe do aluno Enzo Eduardo Ribeiro Abreu, de quatro anos, Jardelina considera que o ensino público em Goiânia melhorou bastante. “Hoje os alunos recebem uniforme, até tênis. Isso ajuda muito, pois assim não temos despesas comprando isso. Eles também recebem o material. Isso é muito bom. Acho que melhorou bastante”, opina.

Jardelina Alves Ribeiro Foto arquivo pessoal

A goiana lembra que nem sempre foi assim. “Meu outro filho, hoje com 16 anos, não teve essa oportunidade. Na época, era muito mais difícil conseguir vagas em creches ou pré-escola públicas. Tinha que ficar de madrugada na fila e muitas vezes nem conseguia. Eu mesma não consegui e tive que pagar uma creche para ele. Só depois, mais velho, ele entrou na escola pública”, conta.

“Hoje é diferente. Tem mais escolas, mais vagas. A prefeitura está investindo bastante na educação, que é o que a gente mais precisa”, ressalta Jardelina Ribeiro. Seu filho Enzo estuda em tempo integral no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Orlando Alves Carneiro.

Jardelina elogia a estrutura da escola. “Não tenho nada a reclamar. Só a agradecer e elogiar. Enzo gosta demais. Quando está de férias, sempre pergunta pela escola e não vê a hora de voltar às aulas”, afirma.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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