Governo golpista de Temer reduz número mínimo de médicos por UPA

Agora, cada UPA poderá ter no mínimo 2 médicos, quando antes eram exigidos 4. Para senador Humberto Costa, medida é completo desrespeito com povo pobre

Unidade de Pronto Atendimento UPA Vila Santa Catarina Foto Cesar Ogata / SECOM Prefeitura de SP

No apagar das luzes de 2016, o governo golpista de Michel Temer publicou no Diário Oficial da União uma portaria do Ministério da Saúde reduzindo o número mínimo de médicos para cada Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Com as novas regras, cada UPA poderá ter no mínimo dois médicos, um atendendo pela manhã e outro à noite. Antes, era exigido o número mínimo de quatro médicos por unidade.

Para o líder do PT no Senado e ministro da Saúde do primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Humberto Costa (PT-PE), a decisão é um completo desrespeito com o povo pobre.

“Uma medida como essa é absurda. Sabemos o quanto é importante o acolhimento do paciente nas unidades de saúde. Apenas um médico atendendo dentro de uma UPA vai tornar o atendimento altamente precário e prejudicar as pessoas que estão precisando do serviço. O que esse ministro golpista está fazendo não existe”, denunciou Humberto.

A portaria estabelece que caberá ao gestor municipal definir o número de profissionais na equipe e define a flexibilização das exigências mínimas de equipamentos necessários para o funcionamento das UPAs. O que significa que a partir de agora equipamentos de laboratórios e máquinas de raio-x poderão ser compartilhados entre as unidades de saúde locais.

Na avaliação de Costa, a nova resolução comprometerá a qualidade do serviço e deixará o atendimento completamente solto.

“Como é que equipamentos e máquinas de raio-x vão ficar ‘rodando’ de unidade em unidade em município? Uma ação dessa é completamente descabida e irresponsável, pois sabemos como esses equipamentos são sensíveis e podem sofrer mudanças nos seus resultados com o transporte inadequado”, criticou.

Humberto ainda lembrou que com a implantação da PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos, os recursos da saúde vão ser ainda mais escassos.

“Vamos ter muitos cortes na área da saúde e o sofrimento vai para as pessoas que necessitam de atendimento no SUS. Será um verdadeiro desastre para a população que vai sentir a falta de medicamentos, unidades fechando e menos profissionais atendendo”, ponderou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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