Governo lança política para fortalecer ações de saúde da criança

Documento prioriza a primeira infância, crianças com deficiência, indígenas, ribeirinhas e quilombolas

Com o objetivo de alinhar ações dos governos federal, estaduais e municipais, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. O documento tem como prioridade a primeira infância (crianças entre zero e cinco anos) e em situação de vulnerabilidade. Neste grupo, estão crianças com deficiência, quilombolas, ribeirinhas, indígenas e em situação de rua.

“A política sintetiza de maneira simples e clara os grandes eixos de ações que compõem uma atenção integral à Saúde da Criança e aponta estratégias e dispositivos para a articulação das ações e da rede de serviços de saúde nos municípios e regiões de saúde”, explicou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, no ato de assinatura da política, na quarta-feira (6).

O texto estabelece atenção humanizada e qualificada desde a gestação; incentivo ao aleitamento materno; promoção e acompanhamento do desenvolvimento da criança; atenção a crianças com agravos e doenças crônicas, em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção de cultura de paz, entre outras.

O atendimento em serviços de pediatria no SUS é estendido a adolescentes menores de seis anos. “A ideia é manter por mais tempo o acompanhamento do adolescente pelo serviço de pediatria, como preconiza a Sociedade Brasileira de Pediatria, principalmente aquele que sofre de problemas de saúde crônicos”, explicou o coordenador de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha.

Avanços – O Brasil realizou avanços significativos na área de saúde infantil, como o alcance da meta de reduzir a mortalidade infantil em 2/3 um ano antes do prazo estabelecido pelos Objetivos do Milênio (ODM).

Em 1990, a taxa era de 53,7 óbitos por mim nascidos vivos. Em 2012, caiu para 17,3 para cada mil. De acordo com o Ministério da Saúde, as melhoras estão relacionadas à ampliação da cobertura da atenção básica, maior acesso à vacinação, crescimento das taxas de aleitamento materno e do nível de escolaridade da mãe.

As políticas de redução das desigualdades também foram fundamentais. O Brasil saiu, no ano passado, do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Como resultado, o índice de internações por desnutrição, diarreia, pneumonia e por doenças que podem ser prevenidas por vacina foi quase erradicado.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil

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