Governo não quer transferir a responsabilidade para o Legislativo, garante Dilma

Presidenta declara que envio de Orçamento com déficit é uma demonstração de “transparência” e que o Executivo está buscando alternativas para cobrir os gastos

Brasília- DF 02-09-2015 (Foto: Lula Marques/Agência PT)

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (2), em entrevista coletiva, que a decisão de enviar o projeto de orçamento para 2016 com déficit para o Congresso Nacional evidencia transparência e que o governo não está transferindo a responsabilidade ao Legislativo.

De acordo com Dilma, o Executivo vai enviar um adendo à proposta. “Estamos evidenciando que tem um déficit, estamos sendo transparentes e mostrando que tem um problema”, afirmou.

“Não fugiremos às nossas responsabilidades de propor a solução do problema (…). Não estamos transferindo a responsabilidade para ninguém, porque ela sempre será nossa. Porém, é importante destacar que iremos buscar, estamos avaliando todas as alternativas”, acrescentou.

Dilma disse ainda que o governo aposta na recuperação da economia por meio de investimentos em energia, infraestrutura e aumento de exportações. A presidenta anunciou que, quando a situação econômica melhorar, o governo enviará um adendo à proposta orçamentária.

“Iremos mandar quando acharmos que a discussão maturou. Quando acharmos que existem as condições para fazer isso, nós iremos mandar mais elementos para o Congresso”, garantiu.

Na segunda-feira (31), o governo enviou ao Legislativo o Orçamento com gastos maiores que as despesas em R$ 30,5 bilhões.

Sobre a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a presidenta afirmou que a ideia foi cogitada, mas descartada pelo governo em seguida. “Não gosto da CPMF, se você quer saber. Acho que a CPMF tem as suas complicações, mas não estou afastando a necessidade de fontes de receita”, detalhou.

Reforma administrativa – Dilma falou também sobre os impactos da reforma administrativa, com corte de dez dos 39 ministérios, redução de cargos comissionados e outras mudanças.

“O efeito da reforma é muito mais melhorar a gestão. E melhorar a gestão tem um efeito indireto sobre os recursos, torna o governo mais ágil, facilita os investimentos, diminui a burocracia, é isso que queremos”, informou.

A presidenta conversou com a imprensa depois da cerimônia em homenagem à delegação brasileira que participou do WorldSkills, principal competição mundial de educação técnica. Pela primeira vez, o Brasil, que sediou o evento, ficou em primeiro lugar, com 27 medalhas.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil

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