Governo tucano deixou dívida de R$1,13 bilhão em Minas

Segundo o controlador-geral de Minas, Mário Spinelli, o ‘xerife’, o órgão está sendo reestruturado para que ganhe efetividade em seus processos

Crédito: Carlos Alberto / Imprensa – MG Local: Edifício Minas - 11º Andar- Gabinete da Controladoria Data : 13-02-2015 Assuntos: Fotos do controlador Mario Spinelli.

As administrações dos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia deixaram uma dívida de R$ 1,13 bilhão para o estado de Minas Gerais. Segundo apresentou o controlador-geral do Estado, Mário Spinelli, o rombo aconteceu pelo não pagamento a empresas contratas pelo governo, entre 2003 e 2014.
Segundo Spinelli, a dívida existe por uma “prática comum” no estado por mais de uma década e que agora está sendo organizada. “A empresa prestava o serviço e o estado na hora de pagar cancelava o empenho, deixando a dívida para o ano seguinte sem previsão no orçamento”, explicou, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo”, publicada neste sábado (29).
“Essa é uma prática que prejudica muito o equilíbrio orçamentário, porque as contas são jogados para o ano seguinte. Esse ano, o Estado tem que pagar R$ 1,13 bilhão sem previsão no orçamento”, completou.
O controlador foi convidado pelo atual governador de Minas Gerais, Fernando Piment (PT-MG), para reestruturar o órgão e torná-lo mais efetivo na prevenção e no combate a corrupção. Para isso, em oito meses em que está a frente do órgão, foram reformulados os procedimentos de auditoria, está sendo criada um setor de inteligência similar, assim como foi feito em São Paulo para trabalhar com cruzamento de dados, análise patrimonial e ferramentas de mineração de dados.
“Fizemos um diagnóstico na controladoria e percebemos que os trabalhos tinham baixíssima efetividade. Estamos com um olhar mais direto para os casos de corrupção trabalhando mais com gestão de risco, verificando os grandes empreendimentos do Estado”, explicou.
Reflexo do início desse trabalho foram os 126 funcionários do estado demitidos em dois meses por envolvimento em processos disciplinares. Foi realizada uma força tarefa para julgar essas ações. “Nos empenhamos para analisar e julgar esses processos, que estavam parados há dois anos, em tempo recorde e tirar essas pessoas do serviço público”, disse.
Spinelli afirmou ainda que vai fiscalizar e punir, independente de governo, e disse também que a controladoria irá olhar obras que foram feitas, ações que foram feitas no passado independente do tempo e dos gestores da época.
Da Redação da Agência PT de Notícias

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