Haddad: decisão da ONU é obrigatória e STF tem de se manifestar

Candidato a vice de Lula nas Eleições 2018, Fernando Haddad explicou como fazer O Brasil Feliz de Novo à Rádio Metrópole, nesta quarta-feira (22)

Ricardo Stuckert

Vice de Lula, Fernando Haddad, conversa em Salvador com Mário Kertész, da Rádio Metrópole, de Salvador, sobre o #PlanoLula de governo. #OBrasilFelizDeNovo

Fernando Haddad, candidato a vice de Lula nas Eleições 2018, concedeu entrevista, nesta quarta-feira (22) pela manhã, ao programa Bom Dia na Metrópole, de Mário Kertész, na Rádio Metrópole, de Salvador (BA). Haddad comentou os resultados das pesquisas da semana, que colocam o ex-presidente a um passo de ganhar as eleições no primeiro turno, e comentou alguma das propostas do plano Lula de governo.

Haddad lembrou a importante vitória que o Partido dos Trabalhadores teve na última semana com o registro da candidatura do ex-presidente no Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), a determinação da ONU de que Lula tenha assegurado seu direito de se candidatar, e as pesquisas do Ibope e DataFolha, que o colocam com 48% e 49% dos votos válidos, respectivamente.

“O povo está dizendo ‘queremos Lula de volta’, queremos o Brasil de volta’. O povo quer voltar àquele período bom do começo do século. Foram 12 anos de geração de empregos e prosperidade, distribuição de renda e oportunidades educacionais”, afirmou.

Haddad explicou mais uma vez a força da determinação da ONU. “De forma equivocada, alguns jornais estão dizendo que é uma recomendação. Não é, tem caráter obrigatório. A legislação da ONU foi aprovada pelo nosso Congresso.  Nesse caso, o STF  vai ter que se manifestar”.

Ele lembrou que a ONU trata de grandes temas e, se houve rapidez pela defesa da candidatura do ex-presidente, é porque Lula não é líder apenas no Brasil, mas no mundo.  “O povo quer, a ONU quer, acho que até o papa quer Lula candidato”, disse Haddad, lembrando que caso o STF impugnar a candidatura de Lula, cabe recurso, agora ainda com mais força, baseada no tratado internacional da ONU  aprovado pelo país.

Haddad ressaltou que, a rigor, Lula não devia estar na cadeia, uma vez que seis dos 11 juízes consideraram a prisão em segunda instância inconstitucional. “Não pode se pagar uma pena enquanto tiver recurso. Por isso, tenho certeza que o STF vai rever essa decisão”. Ele afirmou ainda que não há provas contra Lula, preso injustamente, e que Sérgio Moro não tem distanciamento necessário para julgá-lo.

O candidato a vice de Lula afirmou ainda, que enquanto aguarda a manifestação do STF, a campanha de Lula presidente está em pleno vapor. “A bola esta com Justiça. Nosso bloco está rua, mostrando nosso plano de governo forte. Que vai diminuir imposto de pobre, aumentar o imposto dos milionários e bilionários. Porque no Brasil quem recebe dividendos não paga imposto de renda, mas o sujeito que ganha até cinco salários mínimos, sim. Vamos mudar isso”.

O Brasil Feliz de Novo

“Vamos fazer um choque de juros, aumentando o imposto de bancos que cobram juros altos e diminuir imposto de quem cobra juros baixos. Para que o trabalhador possa limpar seu nome, abrir um negócio, comprar eletrodomésticos, e fazer a economia girar. Nós vamos entrar para ativar a economia. Porque se a  economia estiver bem, e a gente estiver educando as pessoas, o Brasil cresce”, explicou.

Haddad criticou a Reforma Trabalhista proposta por Michel Temer por impor ao Brasil um retrocesso de 200 anos. “Vamos voltar a ser colônia, quando o país era fornecedor de matéria-prima com mão de obra escrava. É esse o país que a elite tem na cabeça? Com toda essa tecnologia e a riqueza que temos? Não, nós temos a solução. E o povo sabe disso. E não existe sabedoria maior que a do povo”, declarou o candidato.

O ex-ministro da Educação afirmou também que na ruas de Salvador, onde esteve em campanha levando a voz de Lula, ouviu muitos elogios sobre as 30 escolas técnicas, as seis universidades públicas, o Instituto Federal da Bahia, todas conquistas promovidas pelo governo do PT.

“A juventude quer duas coisas: oportunidade de estudar, e depois quer emprego. O Lula mostrou que isso é possível. E com pouca coisa, em clima de paz. Hoje em dia só se pensa em armar as pessoas.  Precisamos desarmar os espíritos e retomar o desenvolvimento. As pessoas estão cansadas de tantos cortes e elas sabem como o Brasil pode funcionar”, disse.

Assim como agora, Haddad lembrou que em 2002, quando da primeira eleição do presidente Lula, o clima também era pesado. “Diziam que o Brasil ia quebrar, que o PT ia tomou dinheiro do povo. O PT não tomou de ninguém. E fez todo mundo crescer. Empresas cresceram, empregou mais gente, os salários cresceram, os lucros cresceram . Provamos durante 12 anos que, com o país bem conduzido, dá para todo mundo ganhar”, destacou.

Por Lula.com.br

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