Haddad diz que não deixará o PT e reafirma orgulho da história do partido

Para o prefeito de SP, seria ruim para o País não ter um partido com as características sociais do PT

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), afirmou em entrevista à rádio “CBN”, neste sábado (24), que não deixará o Partido dos Trabalhadores. A afirmação foi feita em resposta à matéria publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, na última sexta-feira (23).

Além disso, ele disse ter orgulho da história do partido. 

 “O PT é um fenômeno muito diferenciado porque, na minha opinião, é o único partido que eu conheço que teve origem no movimento social da cidade, de moradia, da saúde, educação, em Parelheiros, Guaianases, Brasilândia. O PT surgiu desse resultado”, afirmou.

“Penso que seria ruim para o País não ter um partido com as características sociais do PT”, completou.

Haddad disse também que respeita a trajetória das milhões de pessoas que ajudaram e ajudam a construir o PT. “Dos 1,5 milhão de filiados, 99,9% das pessoas lutam por um país melhor e é para essas pessoas que estou olhando”, afirmou.

Durante a entrevista, Haddad disse que estuda organizar eleições para os subprefeitos em São Paulo. Segundo ele, equipe analisa a melhor forma de incluir as votações na escolha do cargo e fazer com que a população participe ainda mais desse processo.

Segundo o prefeito, existem 32 subprefeituras em São Paulo e, escolhidos por indicação, os subprefeitos são importantes articuladores políticos na Câmara Municipal. Haddad pretende abrir, até o fim do ano, uma discussão sobre uma possível eleição para os cargos.

Sobre a corrupção dentro das subprefeituras, Haddad afirmou que criou a Secretaria de Combate a Corrupção que, junto com a Controladoria Municipal, acabou com uma quadrilha que desviou R$ 500 milhões de reais da prefeitura em oito anos.

“Desses R$ 500 milhões, já multamos as empresas corruptoras em mais de R$ 200 milhões e R$ 60 milhões já foram arrecadados. Desse valor, bloqueamos também outros R$ 130 milhões do patrimônio dos fiscais corruptos”, disse Haddad.

Saúde – O prefeito disse que entregará até agosto de 2016 três hospitais na cidade de São Paulo, o antigo Santa Marina, o hospital municipal de Parelheiros e Brasilândia. Segundo o prefeito, nenhuma gestão de São Paulo fez três hospitais simultaneamente.

O hospital Santa Marina foi desapropriado e, após um convênio com o Albert Einstein, será entregue ainda este ano. Em Parelheiros, o centro de saúde será entregue 20 meses depois do início da construção, em agosto de 2016.

O início das obras no hospital municipal de Brasilândia atrasou seis meses por um pedido do governo do estado, que estava usando o terreno destinado ao hospital para a construção do metrô. Por conta disso, ele será entregue no meio do ano que vem.

Haddad falou também sobre a promessa de zerar a fila em creches públicas. Segundo ele, até agora foram abertas 33 mil vagas em creches. “Tínhamos uma fila de 80 mil crianças quando assumimos a prefeitura, atualmente temos 47 mil, quase metade da fila”, explicou.  

Sobre as Unidades Básicas da Saúde (UBS), Haddad afirma que existem 440 em todo o município e que o desafio atual é diminuir a fila de procedimentos como consultas, exames e cirurgias.

“As filas de consultas e exames começaram a cair, mas sabemos que ainda não está bom. Herdamos uma fila de 860 mil pessoas aguardando para agendar alguns procedimentos, hoje está na casa dos 600 mil”, explicou.

A próxima meta da prefeitura é aumentar em 148% o atendimento de cirurgias de baixa e média cumplicidade que podem ser feitas em ambulatório.

Mobilidade Urbana – Tema de muitas discussões, as decisões do prefeito em alterar e incluir novas formas de locomoção em São Paulo têm surtido efeitos nítidos. No primeiro ano do mandato de Fernando Haddad, foram criados 380 km de faixas exclusivas para ônibus, o que fez com que o uso de carros nos cinco dias úteis caísse de 56% para 45% em um ano.

As faixas exclusivas para ônibus têm a aprovação de 90% dos paulistanos. As ciclofaixas, que estão sendo implantadas em toda a cidade, tem aprovação de 59%. 

Preocupado com o alto número de mortes no trânsito, o prefeito Fernando Haddad diminuiu a velocidade máxima nas marginais Tietê e Pinheiros. Na pista local, a velocidade será de 50 km/h, na central 60 km/h e na expressa 70km/h.

“A redução melhora a velocidade média da via porque reduz a quantidade de acidentes. Nos primeiros 60 dias de redução, nós conseguimos economizar o equivalente a 70 leitos hospitalares, o que significa uma economia de R$ 40 milhões por ano”, afirmou.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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