Impeachment é “jeitinho” na Constituição, diz The Economist

Parlamentares contornaram a Constituição para afastar uma presidenta que não cometeu nenhum crime, afirma revista britânica

A revista “The Economist” afirmou que o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) foi um jeitinho brasileiro na Constituição Federal. Na reportagem, a publicação britânica explica que a palavra “jeitinho” significa uma maneira brasileira de solucionar as coisas contornando as leis, ou seja: sem legalidade.

Na matéria, a revista lembra que Dilma foi afastada do cargo sem nenhuma comprovação de crime. E que muitos políticos que votaram pelo impeachment recorrem ao “jeitinho” em sua trajetória política – em crimes durante a captação de recursos para a campanha, por exemplo.

O texto explica o caráter cultural da palavra “jeitinho” e remonta o passado colonial do Brasil para explicar porque aqui muitas vezes a lei não é respeitada.

Parlamentares

Também no Reino Unido, um grupo de 20 parlamentares britânicos – a maioria do Partido Trabalhista local – condenou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. No texto, eles afirmam ser completamente errado que alguns parlamentares ignorem o voto de 54 milhões de brasileiros.

Segundo eles, o novo governo golpista de Michel Temer (PMDB) mostra sua falta de representatividade, com um gabinete totalmente masculino, e implementando reformas neoliberais.
“O governo interino não tem mandato para implementar políticas que revertam os programas sociais que levou 40 milhões de pessoas da pobreza. Juntamo-nos movimentos progressistas políticos e sociais, e grupos brasileiros de toda a sociedade civil global, incluindo o movimento sindical , em condenar essa tentativa de derrubar a democracia no Brasil”, afirma.

Confira aqui a repercussão internacional da crise política no governo Temer.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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