Índio guarani-kaiowá é morto em ataque de fazendeiros no MS

Outros cinco indígenas foram feridos e estão no hospital. Deputado Paulo Pimenta e lideranças indígenas foram prestar solidariedade e esclarecer os fatos

Foto: EBC

Um índio da etnia guarani-kaiowá morreu e seis ficaram feridos, entre eles uma criança, em uma ação de produtores rurais em Caarapó (MS), cidade a 270 quilômetros de Campo Grande, na terça-feira (14). De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Instituto Socioambiental (ISA), os fazendeiros se aproximaram com caminhonetes, motocicletas e um trator e atiraram.

O indígena morto era agente de saúde. A Funai declarou que os guarani-kaiowá lutam há décadas pela regularização fundiária da região e lamentou a morte. O Conselho Indigenista Missionário afirmou que repudia o que chamou de ação paramilitar realizada por fazendeiros contra os índios.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) foi para Mato Grosso do Sul ao lado de uma comissão de Direitos Humanos e lideranças indígenas. O parlamentar petista visitou os indígenas no hospital, prestou solidariedade e lamentou o ocorrido. Ele vai visitar a comunidade vítima do ataque nesta quinta-feira (16).

“Nós visitamos cinco lideranças indígenas fortemente baleadas, entre eles um menino de 12 anos e um líder indígena com quatro balas no corpo. Houve também uma vítima fatal já identificada. Pode haver também mais vítimas fatais”.

A liderança indígena Toniel afirmou: “Aqui quem manda é a bala. Eles não consideram os indígenas como humanos”. Para o coordenador distrital de saúde indígena do estado do Mato Grosso do Sul, Lindomar, do povo Terena, “é triste ver essa violência contra indígenas em pleno século 21”.

Uma outra liderança terena agradeceu a presença de Paulo Pimenta e dos também deputados Padre João (PT-MG) e Zeca do PT (PT-MS) e encerrou: “Nós vamos descer para a aldeia. A comunidade está nos esperando e vai relatar o que aconteceu de fato. A mídia está contrariando o fato real. A presença da comissão de Direitos Humanos é muito importante para as comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul”.

Por Bruno Hoffmann, da Agência PT de Notícias

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