Investigação ocorre às claras e pode mudar o Brasil pra sempre, diz Dilma

Presidenta afirmou que o caso vai mostrar que não há impunidade para corruptos e corruptores

DILMA PETRO

Dilma: “temos de condenar pessoas dos dois lados: corruptos e corruptores

Em entrevista coletiva concedida após o fim da Cúpula do G20, em Brisbane, hoje (16), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a grande diferença do caso das investigações que envolvem a Petrobras é o fato de ele estar colocada “à luz do sol”. De acordo com Dilma, este é o primeiro escândalo investigado abertamente e isso mudará o País para sempre, por acabar com a impunidade e punir corruptores e corruptos.

“Esse não é, eu tenho certeza disso, o primeiro escândalo. Agora, ele é o primeiro escândalo investigado, o que é diferente”, afirmou a jornalitas.
“Isso eu acho que mudará para sempre as relações entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e as empresas privadas. O fato de nós, neste momento, estarmos com isso de forma absolutamente aberta, sendo investigado, é um diferencial imenso”, completou a presidenta.
Dilma destacou que não se pode condenar a Petrobras como um todo, mas pessoas que praticaram atos de corrupção dentro da empresa.
“O que nós temos de condenar são pessoas. Pessoas dos dois lados: os corruptos e os corruptores. A questão da Petrobras é uma questão simbólica para o Brasil”, disse.
Segundo a presidenta, esta é a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos.
“Agora, nós podemos listar uma quantidade imensa de escândalos no Brasil que não foram levados a efeito. E, talvez, sejam esses escândalos, que não foram investigados, que são responsáveis pelo que aconteceu na Petrobras”, disse.
A presidenta ainda reafirmou que quem praticou atos ilícitos tem que ser punido, mas que responsabilizar a todos, inclusive quem não praticou, seria incorreto e beneficiaria os corruptos.
“A culpa tem de ser tipificada e identificada para ela poder ser, de fato, considerada culpa pela lei brasileira ou pela lei de qualquer país. Não há culpa genérica, há culpa concreta”, disse.
Na véspera, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou, em entrevista coletiva, que as investigaçõe sobre irregularidades na Petrobras vão continuar. “Doa a quem doer“, garantiu.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil

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