Investigação sobre HSBC avança no Congresso

Enquanto Senado abre CPI para investigar caso, deputados petistas pedem criação de Comissão Externa do Legislativo para apurar denúncias

Duas iniciativas quase simultâneas do Congresso pretendem investigar se o dinheiro mantido no HSBC de Genebra pelos 8.667 brasileiros identificados na lista, responsáveis por 6.606 contas bancárias que movimentaram US$ 7 bilhões, estão dentro da lei ou não.

Na Câmara, os deputados petistas Paulo Pimenta (RS) e Valmir Prascidelli (SP) encaminharam requerimento para a criação de uma Comissão Externa do Legislativo destinada a investigar o caso. O pedido foi encaminhado ao presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, até uma semana depois da apresentação do requerimento, não havia dado resposta.

No Senado, coube ao senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) a iniciativa de pedir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a responsabilidade dos correntistas brasileiros que guardavam dinheiro no HSBC.

Apesar da recusa dos senadores do PSDB e do DEM, mas com o apoio unânime da bancada do PT, o pedido para a CPI recebeu a aprovação de 32 parlamentares – cinco a mais do que o número mínimo exigido. O próximo passo para que a CPI comece seus trabalhos é a indicação de seus integrantes pelos partidos políticos.

Para o líder do governo no Congresso, senador José Guimarães (PT-CE), a CPI deverá confirmar a necessidade de mudanças na legislação do sistema financeiro.

“Além de identificar aqueles que cometeram erros, o que eu quero, principalmente, é construir uma legislação para superar essas falhas”, explicou Guimarães.

Ainda na mesma semana em que a criação da CPI no Senado obteve a aprovação no Senado, a Polícia Federal fez chegar aos jornais que o caso, agora, será alvo de investigação.

Tamanha disposição dos órgãos de controle deve-se, principalmente, à determinação de deputados e senadores de romper o silêncio e averiguar possíveis ilegalidades nos depósitos de brasileiros feitos no HSBC.

Se as denúncias forem confirmadas, os sonegadores responderão pelo crime de evasão de divisas, cujo prazo de prescrição é de 12 anos depois de cometido, mas deixa de existir assim que o processo é aberto. A pena para esse crime varia de 2 a 6 anos de reclusão, mais multa.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT no Senado

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